Notícia - USP e sindicato fecham acordo no TRT sobre reposição de dias parados

A Universidade de São Paulo (USP) e sindicato dos funcionários da USP (Sintusp) fecharam acordo nesta quarta-feira (17) sobre a compensação dos 114 dias de greve e do pagamento do vale-refeição. A proposta foi negociada em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas ainda depende de aprovação em assembleia na sexta-feira (19) no sindicato.

Se a proposta for aprovada pelos trabalhadores, poderá pôr fim a 114 dias de greve. O sindicato se comprometeu com o TRT a propor indicativo de final de greve aos trabalhadores. O presidente do Sintusp, Magno de Carvalho, disse que é quase certo que a paralisação será encerrada na sexta. "Acho que essa possibilidade [a manutenção da greve] é mínima. É nula quase", afirmou.

Para chegar ao acordo, os funcionários se comprometem a compensar os dias de greve em 70 dias, uma hora por dia. Já havia acordo anterior sobre o reajuste de 5,20% e sobre o pagamento de 28% de bônus.

A greve começou depois que o reitor Marco Antonio Zago anunciou o congelamento dos salários, afirmando que a crise de financiamento da USP fez com que a folha de pagamento respondesse por 105% do orçamento.

Reuniões

O TRT realizou quatro reuniões e uma audiência para solucionar o impasse. O desembargador Davi Furtado Meirelles comemorou o resultado após a longa negociação. Para ele, essa foi uma das mais difíceis intermediações como magistrado.

Nesta quarta, Meirelles chegou a endurecer com os negociadores diante da dificuldade de consenso. Ele ameaçou mandar a julgamentos os itens sob impasse. Após o momento mais tenso, a reunião demandou telefonemas de negociadores da USP ao reitor da universidade.

Na semana passada, irritado com a demora da USP em apresentar proposta, o desembargador convidou o reitor a participar da audiência desta terça. Zago, porém, não pôde comparecer porque no mesmo horário tinha uma audiência na Assembleia Legislativa.

Abono

Na tarde desta terça-feira (16), o Conselho Universitário da USP aprovou o abono salarial de 28,6% aos professores e funcionários técnico-administrativo, que estão em greve desde o fim de maio. Na semana passada, as reitorias da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) já haviam aceitado o abono de 28,6%.

Reajuste salarial


Pela proposta acordada entre os sindicatos e os reitores, o aumento salarial será concedido em duas parcelas: de 2,57% na folha de setembro, a ser paga em outubro; e a outra, do mesmo percentual, na folha de dezembro, a ser paga em janeiro de 2015, totalizando os 5,2%. O décimo terceiro salário será pago com reajuste integral, de acordo com o texto.


Fonte:  Roney Domingos/G1 - 19/09/2014


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