Notícia - Em Dourados, 173 demitidos do HV estão sem receber

Os 173 funcionários que atuavam no Hospital da Vida e que foram demitidos logo após o término do contrato do Hospital Evangélico com a Prefeitura estão sem receber o salário. Os pagamentos deveriam ser feitos pelo Evangélico, que alega crise financeira. Ao todo, a dívida da folha de pagamento aos servidores é de R$ 1 milhão.

Na tentativa de garantir que o pagamento fosse realizado, o Ministério Público do Trabalho teve que intervir. Em audiência realizada no último dia 9, o Hospital Evangélico e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Siems) firmaram acordo. Segundo o procurador do trabalho Jeferson Pereira, ficou definido que o pagamento das rescisões dos 105 empregados da área de enfermagem e dos 68 administrativos será parcelado.

A mediação foi solicitada pelo presidente do Siems, Lázaro Antônio Santana após demissão dos servidores. No dia 31 de agosto foi encerrado o contrato 399/2010 mantido entre a Secretaria Municipal de Saúde, com interveniência da Prefeitura Municipal de Dourados e a Associação Beneficente Douradense - Hospital Evangélico, para administração do Hospital da Vida. O sindicato profissional foi informado pela Associação Beneficente Douradense de que não haveria recursos suficientes para pagamento de todas as verbas rescisórias dos empregados demitidos.

O superintendente da Associação Beneficente Douradense - Hospital Evangélico Eliézer Soares Branquinho, informou que o FGTS dos empregados é objeto de parcelamento junto à Caixa Econômica Federal e que a Associação está em débito com o fundo em relação a nove parcelas.

A associação e o sindicato concordaram em parcelar apenas as verbas rescisórias, com valor total estimado em cerca de R$ 1 milhão, em cinco parcelas iguais a serem quitadas nas datas de 30 de outubro, 1º de dezembro, 30 de dezembro, 30 de janeiro de 2015 e 27 de fevereiro de 2015. O FGTS, que totaliza R$ 450 mil, deverá ser pago de forma integral nos dias 22 e 30 de setembro.

O acordo ainda deverá ser formalizado por meio de acordo coletivo de trabalho entre o sindicato de cada categoria profissional e a Associação Beneficente Douradense, especificamente sobre o parcelamento das verbas rescisórias. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, os empregados que se sentirem prejudicados ou não concordarem com os termos do ajuste poderão levar suas demandas ao poder judiciário.

HE

Uma dívida de R$ 7 milhões está gerando crise na Saúde Pública de Dourados. Enquanto o Evangélico cobra este montante do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Prefeitura, o Município alega que hospital tem dívidas semelhantes porque teria sido pago para oferecer serviços que deixou de fazer.

Até o ultimo dia 31 a unidade foi responsável por gerir o Hospital da Vida, que atendia 34 municípios. Segundo servidores do HE, a crise se dá, porque os valores pagos eram menores do que a Unidade gastava com serviço público. Recebia R$ 5,5 milhões e tinha despesas de R$ 6,6 milhões; déficit de R$ 1,1 milhão em repasses por mês. Ao todo o HE teria contraído ao longo dos anos uma dívida de R$ 40 milhões.


Fonte:  O Progresso - 12/09/2014


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