Notícia - RN: Servidores da Saúde suspendem greve na rede estadual

O Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde) decidiu suspender a greve iniciada na última segunda-feira (8), mas mantém a paralisação na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat).

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, a decisão foi tomada para tentar um diálogo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). O sindicato exige que o governo retire a ação de ilegalidade da greve e não corte o ponto dos servidores parados.

O Secretário de Estado da Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca afirmou que o diálogo com os servidores da saúde sempre esteve aberto. “ A prova disso é que na semana passada recebemos representantes do Sindsaúde para uma conversa. O  fim do diálogo foi decretado pelo sindicato quando eles optaram pela greve. O que os servidores não entendem é que algumas das pautas como atraso do décimo terceiro não estão nas mãos da secretaria. Tudo que nós fizemos foi dentro da moralidade, legalidade e necessidade da população." 

No comunicado enviado à Sesap, os servidores exigem que o secretário estadual de Saúde abra imediatamente as negociações. “Desde o início da greve, a Sesap tratou os servidores com ataques e chegou a ameaçar cortar o ponto. Esperamos que o secretário mude sua atitude, nos receba e discuta as nossas reivindicações, que são justas. Afinal, a responsabilidade sobre a falta de dinheiro na saúde é em primeiro lugar do governo”, afirmou Manoel Egídio Júnior, coordenador-geral do Sindsaúde.

Entre os motivos para a deflagração da greve está a redução da verba da saúde estadual que já atingiu R$ 100 milhões. Segundo o sindicato, o repasse mensal à saúde tem sido reduzido em R$ 8 milhões, o que motivou as medidas impostas pelo governo, no regime de trabalho e em horários de atendimento.

O Sindsaúde afirma que o corte de plantões eventuais dos técnicos de enfermagem irá reduzir as equipes, aumentando a sobrecarga de trabalho e comprometendo o atendimento. Segundo o sindicato, o déficit de pessoal é de dois mil servidores, mesmo após a convocação de concursados. “Os plantões eventuais são usados para completar as equipes. O número de convocados não foi suficiente e, ao tirar os eventuais, vamos ter equipes menores, com 25, 30 pacientes. Não há condições de  se trabalhar assim”, afirma Egídio.

Já na Unicat, cerca de 60 servidores continuam em greve porque teriam sido os mais atingidos por medidas do governo, como a imposição de um expediente de dois turnos sem alimentação e auxílio transporte, além da constante falta de medicamentos. Durante a paralisação, a unidade vai funcionar com 30% do total de servidores.

Sobre a continuação de greve na Unicat, o secretário de saúde explicou que não vai voltar atrás medidas tomadas. "Detectamos com a adoção do ponto eletrônico que não havia cumprimento da carga horária no local. O que a gestão fez foi oficializar o que já era praticado. Em escala administrativa não existe vale alimentação. A secretaria não vai voltar atrás, defendemos interesses da coletividade.”, conclui. 


Fonte:  Tribuna do Norte - 12/09/2014


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