Notícia - Prefeitura de SP e motoboys criam comissão após ato contra fim de motofaixas

Um grupo de motoboys foi recebido por representantes da Prefeitura de São Paulo na noite desta terça-feira (26) para discutir o fim das motofaixas e dos bolsões de estacionamento de motos na capital paulista. No encontro, foi decidida a criação de uma comissão para estudar medidas para melhorar a segurança da categoria, informou o sindicato.

Segundo o Sindimotos (sindicato de motoboys), a criação da comissão representa um avanço já que é a primeira medida oficial de abertura de diálogo. A comissão deverá ter a participação de membros da prefeitura e do sindicato. A categoria afirmou que a portaria de criação da comissão deve sair ainda nesta semana.

Um grupo de cerca de 600 motoboys fez uma manifestação nesta terça contra as mudanças. O grupo saiu da frente do sindicato da categoria, na região do Brooklin (zona sul), por volta das 15h, e seguiu até o viaduto do Chá (região central) na frente da prefeitura. O local foi liberado para o tráfego apenas por volta das 19h40.

Segundo Gerson Cunha, dirigente do Sindimotos (sindicato da categoria), a prefeitura não levou em conta os motoboys da cidade para a ampliação das ciclovias.

"Para ampliar as ciclovias, a prefeitura acabou com os corredores de motos na avenida Vergueiro e Sumaré. Nós não somos contra as ciclovias, mas quantos motoqueiros morrem no trânsito e eram protegidos pelas vias exclusivas para motos?", questiona ele.

"A gente vê política para tudo, para qualquer um, mas não vê política para motoboy em São Paulo", afirmou Gilberto dos Santos, presidente do sindicato.

Os manifestantes afirmam que as motofaixas e os bolsões de estacionamento são importantes para a segurança e apontam que há mais de 220 mil motociclistas na cidade, o que corresponde a maior frota de motos do país, e que mais de 500 morrem todos os anos no trânsito de São Paulo, além de 20 mil internações.

Segundo a categoria, a remoção das motofaixas e dos bolsões de estacionamento acontecem para a criação de ciclofaixas.A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi procurada, mas ainda não comentou as mudanças.


Fonte:  FolhaPress - 27/08/2014


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