Notícia - Operários aprovam suspensão de contratos de 930 na GM em São José

Os funcionários da General Motors de São José dos Campos (SP) aprovaram na manhã desta terça-feira (26) a proposta da montadora para a suspensão dos contratos de trabalho (layoff) de 930 metalúrgicos do complexo. O layoff foi pedido pela empresa no fim de julho, que alega a necessidade da medida para adequar o volume de produção ao mercado.

A votação foi realizada durante assembleia que reuniu cerca de 2.500mil funcionários no bolsão de estacionamento da montadora no início da manhã desta terça-feira. À tarde, o acordo também será colocado em votação para funcionários do segundo turno. Mesmo resistindo incialmente à adoção do layoff, o Sindicato dos Metalúrgicos se colocou a favor da suspensão dos contratos neste momento pela proposta atender as reivindicações que já haviam sido feitas pela categoria.

- Os trabalhadores confiam muito no sindicato, que sempre vai lutar em melhores condições para eles. Agora vamos cobrar investimentos na planta de São José dos Campos. Vamos cobrar do prefeito, do governador e da presidente também porque foi algo ajustado entre os três poderes. A GM tem que cumprir o que prometeu -, disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros (Macapá).

A suspensão dos contratos de 930 trabalhadores deve ter início no dia 8 de setembro e tem previsão de durar cinco meses. Assim, os funcionários que forem escolhidos pela empresa para entrarem no regime de layoff só devem retornar ao trabalho em fevereiro de 2015. O acordo prevê estabilidade no emprego a esses empregados por seis meses após o retorno.

- Já tivemos outros layoffs aqui na fábrica, mas não temos muito o que fazer neste momento -, afirmou o metalúrgico Rodolfo Freitas, de 37 anos.

- Acho que a empresa deveria ceder mais, ela só quer explorar o máximo possível dos trabalhadores -, disse Valdir Martins de Lima, de 49 anos, sendo 23 de trabalho na GM.

O complexo de São José emprega cerca de 5,2 mil funcionários e anecessidade de layoff  foi anunciada pela montadora em julho, alegando a necessidade de adequar o volume de produção à desaceleração do mercado.

Proposta


Antes da proposta final, empresa e o sindicato se reuniram em duas oportunidades para discutir o layoff na planta da cidade. Inicialmente, a categoria se mostrou resistente com a medida, alegando temer demissões e pediu estabilidade nos postos de trabalho.

Na última quarta-feira (20) a empresa informou o total de atingidos e o período para suspensão dos contratos, mas adequou a proposta antes da apreciação pela categoria.

Investimentos

Na semana passada, a GM também informou que aguarda a aprovação da matriz, nos Estados Unidos, para definir se irá ou não ocorrer o investimento de R$ 2,5 bilhões, que foi anunciado no ano passado para fabricação de novos produtos. No início do mês, a montadora anunciou investimento de outros R$ 6 bilhões no país, mas descartou a possibilidade da quantia ser destinada à São José.


Fonte:  Fábio França/G1 - 26/08/2014


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