Cerca de 25 trabalhadores da Termoeste SA Construções e Instalações estão alojados em um ambiente inóspito. Sem guarda roupas, lixeira ou banheiros adequados, os empregados se amontoam para dormir no local. E têm descontado em seu contracheque 30 reais por mês de aluguel.

Os empregados vieram de Brasília para trabalhar na construção de um centro de pesquisas na Fiocruz, em Manguinhos. A obra tem 180 operários, mas são justamente os 25 que vieram do Distrito Federal que não recebem os benefícios de vale-transporte e cartão assiduidade.

“Precisamos pagar até o bujão de gás para cozinhar”, conta um trabalhador.

O Sintraconst-Rio – Sindicato da Construção Civil do RJ, esteve no alojamento na última quinta-feira (31 de julho) e cobrou da empresa soluções rápidas. As irregularidades devem ser resolvidas imediatamente. Nos próximos dias, a equipe 6 do Departamento de Segurança do Trabalho vai voltar ao local.

“A situação do alojamento, sem  qualquer limpeza, pode agravar alergias e doenças respiratórias”, alerta o técnico em enfermagem do Sindicato, Wladimir da Silva.

O Sindicato exigiu da construtora que contrate um profissional exclusivamente para fazer a limpeza do alojamento, que fica próximo à obra.

A situação que estavam os trabalhadores que vieram de outro estado é tão absurda que eles tiveram até que pagar a passagem de Brasília ao Rio.

Palestra

Além da fiscalização sobre a obra e os alojamentos, o Sindicato deu palestra a todos os operários do canteiro na Fiocruz sobre direitos trabalhistas e benefícios.

A equipe 6 falou aos profissionais sobre os descontos proporcionados pelo Sintraconst-Rio na compra de remédios pela Ascumed. E o Departamento de Saúde da entidade conversou sobre cuidados em relação a DSTs, abuso de álcool e tabagismo.