Notícia - Professores em greve bloqueiam a rodovia MS-156

A queda de braço entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted) e a prefeitura de Dourados continua. Como forma de chamar a atenção da sociedade sobre a reivindicação do pagamento do piso nacional para uma carga horária de 20 horas de trabalho, os professores diariamente promovem protesto, ora nas ruas, ora na prefeitura. Desta vez o manifesto é na MS-156, região da Reserva Indígena.

O fechamento da rodovia começou pela manhã e não tem hora e nem dia para acabar. "Vamos fechar a rodovia o dia todo até o prefeito receber uma comissão dos professores para discutir as reivindicações. Sem diálogo, a MS-156 permanecerá fechada o dia todo, disse a técnica administrativa Cristiane, da escola Agostinho.

Das seis escolas nas aldeias Jaguapiru e Bororó, quatro estão totalmente fechadas e duas funcionam parcial. A maioria dos professores indígenas são concursados pela rede municipal e são filiados ao Simted.

O manifesto, realizado por professores das escolas municipais da Reserva Indígena, ganhou o apoio de algumas lideranças. O caiuá Valdinei Videiro, liderança da aldeia Jaguapiru, apoia a greve e pede melhorias à educação indígena.

"As salas de aulas de todas as escolas da reserva são superlotadas e muitas crianças estão sem estudar. Já protocolamos documento no ministério público pedindo mais escolas e também enviamos ofício à Prefeitura. Os anos se passam e os problemas continuam sem solução", diz a liderança.

Policiais rodoviários estão desviando o tráfego da MS-156 para condutores que passam por Dourados sentido Itaporã. Neste caso, os condutores são orientados a seguir pela Perimetral Norte. Quem vem de Itaporã só resta fazer o contorno pela rodovia e voltar para a cidade até pegar novo caminho.

Greve

Os professores estão em greve há duas semanas. A queda de braço entre o Simted e a prefeitura está num acordo formalizado em abril deste ano onde havia sido decidido a implantação do piso nacional de R$ 1697,00 para uma carga horária de 40 horas. Contudo, a categoria reivindica uma política municipal de valorização que eleve gradualmente, em quatro anos, este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica em Campo Grande.


Fonte:  Dourados Agora - 31/07/2014


Comentários

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.