Notícia - Sindicato faz alerta contra falsos corretores de imóveis em Manaus

O número de falsos corretores de imóveis atuando em Manaus não para de crescer. Um cálculo feito pelo Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimóveis-AM) apontou que pelo menos 20% de um total de três mil corretores em atividade na capital amazonense atuam na irregularidade.

A expectativa do sindicato é de que este índice de irregularidade seja reduzido para 10% até o final do ano. Para alcançar o objetivo, a entidade, iniciou no começo deste mês, a campanha Corretor Legal, que busca alertar a sociedade sobre a presença dos supostos profissionais no mercado.

A vice-presidente do Sindimóveis-AM, Jane Picanço Farias, informou que a campanha já está ativa na página mantida pelo sindicato no Facebook e que o site será lançado nos próximos dias. “Nós pedimos para o corretor comprovar que é legal. Ele envia a foto, seu número do Conselho e uma cópia da carteira de regularidade”, informou.

Assim, os interessados podem acessar o site para verificar a legalidade do corretor com o qual trabalham ou pesquisar um corretor específico. O cadastro vale até março de 2015, quando o sindicato realiza a atualização.

Legalidade

A corretora e sindicalista, Márcia Garcia Cohen, explicou que pela Lei 6530/78 que regula a profissão, só é considerado corretor de imóveis, o profissional habilitado pelo Curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou curso superior em gestão imobiliária. “Também é necessário estar inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazonas (Creci-AM) e possuir a carteira de regularidade, que indica o pagamento das anuidades”, detalhou.

Entretanto, segundo ela, devido ao aumento do número de imóveis na cidade, muitas pessoas seguem exercendo ilegalmente a profissão. “A sociedade deve ficar atenta porque sem o registro profissional, em caso de sinistro, não temos como auxiliar a pessoa lesada”, esclareceu.

O corretor, Daniel Aragão, acrescentou que entre 80% e 90% das questões imobiliárias que correm na Justiça são ocasionadas pela atuação de falsos corretores. “Se o corretor for flagrado no exercício ilegal pode pegar até dois anos de prisão por falsidade ideológica. Quem contrata o corretor também está sujeito à mesma penalidade por acobertamento”, alertou.


Fonte:  Juliana Geraldo/A Crítica - 30/07/2014


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