O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Sul Fluminense vai realizar amanhã, às 18 horas, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, uma assembleia para votar a contraproposta do Sinduscon (Sindicato Patronal), referente às construções leves. Os representares das empresas ofereceram um reajuste salarial de 6,56% - do Índice Preço ao Consumidor (INPC) mais um aumento real de 0,5%, enquanto os trabalhadores querem um aumento de 15%. As informações foram passadas ontem pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do setor, Sebastião Paula de Assis.
“Estamos orientando os trabalhadores a recusarem a proposta do sindicato patronal. Os empresários estão alegando crise no setor”, disse o sindicalista, que continuou: “Queremos continuar a negociar para evitar possíveis greves do setor ou dissídio (quando a decisão do reajuste vai para justiça)”. Hoje, o piso da Construção Leve está em R$ 1.222,00 por mês. A pauta de reivindicação é composta por 24 itens e, entre outras pautas, está o cartão de alimentação no valor de R$ 300,00 e plano de saúde para os trabalhadores e familiares, além da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores é que hoje mais de 15 mil pessoas trabalhem com a Construção Civil na região Sul Fluminense e maior empregador, ainda de acordo com órgão sindical, seria a CSN. Porém, deste total, pelo menos 40% estão atuando informalmente, sem os direitos trabalhistas.
Conforme reportagem publicada pelo jornal A VOZ DA CIDADE da edição de ontem, o setor da Construção Civil foi o maior responsável pela queda do número de empregos nas três maiores cidades da região. Em Barra Mansa, por exemplo, a queda foi de 22%; em Volta Redonda, foi mais de 18% e Resende registrou uma queda de 2,5% no número de empregos formais.