Notícia - Sindicato protesta em estação de tratamento de água de Bertioga

O Sindicato dos Urbanitários (Sintius) realizou manifestação no início da manhã desta quarta-feira para protestar contra a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pela possível insegurança dos trabalhadores que atuam nas estações de tratamento de água (ETAs) e de esgoto (ETEs) na Baixada Santista. O ato ocorreu  na ETA Indaiá, em Bertioga, que fica na Avenida Waldemar da Costa Filho.

Apesar do protesto - que contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas entre funcionários, associados ao sindicato e populares -  ter acabado por volta das 9 horas, a categoria mantém, até o início da tarde, a paralização da ETA Indaiá. "Foi realizada a retirada do funcionário e o equipamento só voltará a ter supervisão no período da tarde, quando há troca de turno. Isso é pra mostrar que, sem o trabalhador, a ETA fica abandonada", afirma o diretor de comunicação do Sintius, Jorge Arrivabene.

O motivo do protesto, segundo informações do sindicato, é o fato de a empresa ter retirado os porteiros e os vigilantes dessas unidades. "Desde maio o local está sem vigilância, isso propicia o aumento do número de furtos e a sensação de insegurança dos funcionários. A estação trabalha 24 horas por dia e o (funcionário do) turno da noite, principalmente que vai até as 7 horas, fica sozinho. A sensação de insegurança é constante", diz Arrivabene.

ETA foi invadida

Ainda segundo o diretor de comunicação, a falta de segurança foi demonstrada nesta manhã, durante o protesto, quando alguns populares que acompanhavam a manifestação adentraram na estação, onde ficaram por cerca de uma hora. "É importante a presença dos vigilantes também para que os técnicos possam se dedicar exclusivamente às suas tarefas, sem ter que atender pessoas que vão aos locais de trabalho para reclamar ou buscar informações"

De acordo com o presidente do Sintius, Marquito Duarte, a falta dos vigilantes, principalmente no período noturno, pode ocasionar um "aumento de casos que já ocorreram nas estações anteriormente, como a entrada de indivíduos armados, agressão física aos técnicos, ameaça aos funcionários e furto de materiais".

Pode pedir interdição

Se uma solução não for encontrada nos próximos dias, o Sintius não descarta a hipótese de pedir a interdição desses locais, com base na Constituição do Estado. "O artigo 229 da legislação máxima paulista destaca que compete à autoridade estadual, de ofício ou mediante denúncia de risco à saúde, proceder à avaliação das fontes de risco no ambiente de trabalho, e determinar a adoção das devidas providências para que cessem os motivos que lhe deram causa”, diz Arrivabene.

Na próxima terça-feira, o sindicaro se reúne com o diretor de Sistemas Regionais, Luiz Paulo de Almeida Neto, para conversar sobre as reinvindicações da categoria.


Fonte:  A Tribuna - 23/07/2014


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