Notícia - Empreiteiras da Usiminas em Cubatão e Sintracomos negociam

Terceira reunião será nesta terça-feira. O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) negocia, com 15 empresas prestadoras de serviços à Usiminas, reivindicações de 8 mil operários.

“Por enquanto, ouvimos seis ‘não’ e quatro ‘vamos estudar’”, reclama o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira. “‘Sim’, que é bom, não escutamos nenhum”.

O sindicalista pondera que, “até agora, foram duas rodadas de negociações respeitosas e de alto nível. Mas nada produtivas”. A primeira foi em 2 de julho. A segunda, na quarta-feira passada (16).

A próxima será nesta terça-feira (22). E a seguinte, dia 29, terça-feira da próxima semana. As reivindicações foram aprovadas na assembleia de 6 de junho e enviadas às empreiteiras no dia 17.

Cachimbo

“Por enquanto, estamos igual cachimbo: só levando fumo”, brinca Macaé. “Todo ano, a intransigência das empreiteiras empurra a categoria para a greve e dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).”

“Depois, a Justiça do Trabalho acaba concedendo pelo menos o reajuste conforme a inflação e um aumento real, além do pagamento negociado dos dias parados”, lembra o sindicalista.

“Se é assim, por que as empresas não evitam esse desgaste todo?”, pergunta. “Ninguém, em absoluto, ganha com isso. Todos apenas se desgastam e, de uma forma ou de outra, acabam perdendo”.

“A diretoria do sindicato pede bom senso aos representantes e negociadores das empreiteiras. Por favor, vamos resolver isso de forma negociada, evitando confrontos desnecessários”, diz Macaé.

Reivindicações


O retorno da data-base para 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, é uma das principais reivindicações da campanha salarial deste ano na Usiminas.O assunto está sub judice, no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. “Não tem sentido as demais empreiteiras do polo industrial terem a data em maio e na Usiminas ser em agosto”, observa Macaé.

Segundo ele, a data-base foi mudada, há poucos anos, por conta de crise no país, especialmente no setor siderúrgico, onde havia “fortíssimas ameaças de desemprego”.

Vale-refeição

Outra reivindicação que ele considera importante é a troca da designação ‘cesta básica’ por ‘vale-refeição’. “Esse assunto deu muito pano pra manga, na campanha salarial de 2013, após a greve de 17 dias”.

“Tudo bem que as empreiteiras fornecem refeições nos locais de trabalho. Mas nas demais terceirizadas, também é servido almoço e jantar, o que não impede o fornecimento do vale-refeição”, alega o dirigente.

Piso

A assembleia que aprovou as reivindicações para a data-base de agosto foi em 6 de junho. O sindicato fará assembleia, no começo de agosto, para a categoria se posicionar sobre contraproposta.

A principal reivindicação é o piso salarial de R$ 1.503,02 por mês ou R$ 6,83 por hora para os qualificados. E de R$ 1.154,82 por mês ou R$ 5,25 por hora para os ajudantes.

O presidente do sindicato considera “vergonhoso a Usiminas ser a única empresa do polo industrial onde o piso da construção civil não é respeitado. Isso é o mínimo dos mínimos”.

Mais reivindicações: vale-refeição de R$ 440 em vez de cesta-básica, reposição salarial conforme a inflação de 12 meses e aumento real no mesmo índice.

A assembleia, que está em caráter permanente, reivindica ainda horas de 100% nas dobras a partir da 16ª, com folga no dia seguinte, além de proibição do acúmulo e desvio de funções.

O fim da burocratização no recrutamento de pessoal também está na pauta. “Exigimos que, imediatamente após aprovação no exame médico, o operário comece a ganhar de acordo com o salário da função”, diz Macaé.


Fonte:  Assessoria de imprensa do Sintracomos - 22/07/2014


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