Em greve desde sexta-feira, os coletores de lixo de Guarujá trabalham em regime intercalado. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação da Baixada Santista (Sindilimpeza) Paloma dos Santos, 100% dos funcionários aderiram à paralisação, mas, seguindo liminar do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), o serviço é feito com 70% dos profissionais e em esquema de revezamento.

Em assembleia na manhã deste sábado, na garagem da empresa Terracom, foi decidida a entrada dos trabalhadores do período noturno na paralisação. A partir de segunda-feira, trabalhadores do turno da noite se somam aos da manhã para o rodízio no serviço. As assembleias passam a acontecer nos dois períodos.

Os funcionários da Terracom reivindicam o cumprimento da determinação do TRT-SP que concedeu o reajuste de 12,5% nos salários.

A Terracom, por sua vez, informa que já pagou 10% de aumento nos rendimentos do mês de julho e entrou com uma medida judicial, denominada embargo declaratório, contestando a decisão do Tribunal. Isso permite, momentaneamente, que o aumento pretendido pelo Sindilimpeza não entre em vigor.

Aguardando a decisão do TRT, o Sindilimpeza espera resolver a questão antes das negociações da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos funcionários em setembro. 

A paralisação também atinge as cidades de São Vicente e Praia Grande, onde, de acordo com a empresa, a coleta está praticamente normal.

Sobre Guarujá, apesar das declarações do sindicato sobre a paralisação neste sábado, a Terracom informou que, hoje, todo o efetivo trabalhou normalmente e que a coleta só não foi realizada na Vila Edna, por conta de uma obra, A empresa diz ainda que não reconhece a greve da categoria, porque a assembleia realizada pelo Sindilimpeza contou com 70% dos trabalhadores, 'o que não representa a totalidade dos 794 funcionários'.