Notícia - Coletores de lixo mantém paralisação em São Vicente e Praia Grande

Ainda não foi dessa vez que o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação da Baixada Santista (Sindilimpeza) e a Terracom entraram em um acordo. A audiência conciliatória realizada na tarde de terça, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo, não teve qualquer avanço. Isso significa que a greve dos coletores de lixo nas cidades de São Vicente e Praia Grande completou 10 dias ontem.

O saldo desse período pode ser visto claramente nas ruas destes dois municípios. Mesmo com a liminar (decisão provisória) conseguida pela Terracom na noite de sexta-feira – que determinou o retorno imediato de 70% dos profissionais para o serviço – o visual é assustador.

Tem se tornado cada vez mais comum moradores descartarem os sacos de lixo defronte a terrenos baldios, equipamentos públicos como creches, escolas e unidades de saúde, canais e nas esquinas.

Outra prática adotada por populares é a montagem de barricadas de lixo em determinadas ruas. 

Nos últimos dias, isso foi feito em São Vicente em bairros como a Cidade Náutica, Vila Margarida, Vila Jóquei Clube e no canal da Sá Catarina de Moraes, enquanto em Praia Grande o mesmo se viu na Vila Sônia, Caieiras e Tude Bastos.

Os dois municípios mantêm um esquema especial de auxílio à coleta de lixo domiciliar, com o intuito de minimizar o impacto dos dias parados e também da ação limitada que é feita atualmente. 

Na última sexta-feira, a Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) estimou que seriam necessários cinco dias úteis para normalizar a situação na cidade. Prazo que, pelo cenário atual, parece impossível de ser cumprido.

A audiência conciliatória marcada para a tarde de ontem era justamente a esperança de que as partes chegassem a um acordo. 

Os profissionais da coleta de lixo continuam com o pedido de reajuste salarial de 12,5%, enquanto a Terracom oferece 10%. O TRT tem, agora, um dia útil para publicar o teor da reunião. 

Sem consenso entre as partes, a partir de então a decisão se dará mesmo na esfera jurídica – o que impede de se fazer qualquer previsão de prazos. Na manhã de ontem, os funcionários ligados ao Sindilimpeza farão uma assembleia para discutir novamente o assunto.

“Aconteceu o que esperávamos. A empresa não quer ceder e nós não vamos abrir mão daquilo que achamos certo. Amanhã (hoje) cedo, vamos sentar novamente com a categoria e conversar. Pode ser que decidam voltar a trabalhar com 100%, pode ser que fique marcada uma nova assembleia ou pode até ser que continue tudo como está. 

O que posso garantir é que o sindicato irá prosseguir até as últimas consequências”, afirma a presidente do Sindilimpeza, Paloma dos Santos.

A Terracom, por sua vez, informa que vem encontrando objeções, mas que há um esforço para continuar executando os serviços à população. A empresa afirma ainda que manterá a proposta de reajuste de 10% e que a decisão de operar com 70% dos profissionais vem sendo cumprida.


Fonte:  A Tribuna - 17/07/2014


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