Notícia - Policiais federais fazem paralisação por reestruturação de carreira no PR

Policiais federais de todo o Paraná fazem uma paralisação desde a madrugada desta quarta-feira (23) para exigir reestruturação de carreira. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR), 80% do efetivo deve aderir à paralisação em Curitiba, o que poderá causar atrasos na emissão de passaportes. "A nossa exigência é apenas o reconhecimento das nossas atribuições de nível superior", afirma o presidente do Sinpef, Fernando Vicentini. A paralisação é nacional e deve durar 24 horas, conforme o sindicato.

Pela manhã, a categoria vai se manifestar em atos públicos para chamar a atenção das autoridades e da população em vários locais. Em Curitiba, o grupo vai se reunir com faixas e cartazes em frente à sede da PF, no bairro Santa Cândida, às 10h. Depois, o grupo seguirá para a sede do Partido dos Trabalhadores (PT) para manifestar o descontentamento com o governo federal.

Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, 70% do efetivo está parado, mas os serviços de passaporte e atendimento ao estrangeiro continuam funcionando normalmente. Já as atividades de investigação e operacional estarão paralisadas por um dia.

Até o início da manhã, os policiais de Guarapuava, na região Central, não tinham aderido à paralisação.No norte do estado, em Londrina, a paralisação também mobilizou 70% dos policiais federais. Todos os serviços estão sendo realizados, porém, com efetivo de 30%. Os policiais marcaram um protesto na Concha Acústica às 9h. Depois, também seguirão para a sede do PT. Já em Maringá, também no norte, os policiais não aderiram ao movimento, e todos os atendimentos seguem normalmente.

Em Foz do Iguaçu, considerada a fronteira mais movimentada do país, a fiscalização e o controle de migração na Ponte Internacional da Amizade, entre o Brasil e o Paraguai, estão sendo mantidos por apenas dois policiais federais. Na delegacia, as investigações estão paradas e os serviços à população estão sendo mantidos por 30% do efetivo conforme determinação legal. A emissão de passaportes, por exemplo, deve ser a mais prejudicada, já que somente uma agente está responsável pelos atendimentos agendados. Na região, a greve também tem a adesão de escrivães, papiloscopistas e agentes das delegacias de Guaíra e de Cascavel.

“Quando falamos de reestruturação da Polícia Federal, falamos não apenas de reajuste salarial, mas principalmente de uma polícia preventiva e mais eficiente, com resultados sobre a segurança pública. A PF está com as mãos vermelhas do sangue dos inocentes mortos por falta de segurança”, comentou a diretora do sindicato local da categoria, Bibiana Orsi. A representante aproveitou para destacar a aprovação na noite de terça-feira (22) do projeto de lei que garante aposentadoria especial para as mulheres policiais. A iniciativa deve seguir agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff. A categoria aguarda ainda a regulamentação da lei que cria o adicional de fronteira.


Fonte:  G1 - 23/04/2014


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