Secretaria de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL) realiza nesta quarta-feira (23), a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Urbanitários, um ato público para lembrar os 50 anos do golpe militar e os crimes da ditadura contra a classe trabalhadora. O evento faz parte da agenda de atividades que estão ocorrendo em todo o país com dinâmicas diferentes, mas com o objetivo de repudiar os 50 anos do golpe, os crimes da ditadura militar, exigir justiça e reparação e resgatar a história de luta dos trabalhadores e trabalhadoras.
Para a presidenta da CUT-AL, Amélia Fernandes, os 21 anos de regime militar precisam ser lembrados para que ditaduras nunca mais aconteçam. "Trabalhadores, trabalhadoras e o movimento sindical foram os principais alvos da ditadura.
Centenas de entidades sindicais sofreram intervenções, com sindicalistas combativos, de diretorias democraticamente eleitas, presos, torturados e até mesmo assassinados", lembra Amélia. "Ataques aos direitos sindicais e trabalhistas foram aprovados pelos militares e empresários comprometidos com a ditadura, como a lei antigreve, a lei de arrocho salarial e o fim da estabilidade no emprego".
Agora, depois de 50 anos, está em atividade a Comissão Nacional da Verdade (CNV) que tem entre os seus objetivos investigar os crimes da ditadura militar. No âmbito da CNV funciona o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical. Esse GT tem ativa participação da CUT por meio da sua Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça, que apoia os seus trabalhos.