Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) não descartam realizar greve com catraca livre na próxima semana. A medida só deverá ser adotada, após votação das assembleias realizadas nesta terça-feira (15) pela categoria, na sede da entidade, no bairro, Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul.
Entre outras coisas, eles reivindicam reajuste salarial e sugerem aos empresários um aumento de 20% para negociação. O sistema rodoviário opera com aproximadamente 9.500 trabalhadores. Conforme o STTRM, o salário de motoristas de ônibus é de R$1.812 e os dos cobradores R$ 906.
Para os representantes do sindicato, estaria havendo certa resistência das 10 empresas de ônibus em negociar o reajuste. A situação incentivou a greve dos trabalhadores na última segunda-feira (7).
“O Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas) não se posicionou desde a greve, prova que não tem interesse em negociar. Começamos com 20% de reajuste para negociar, e eles têm que mandar contraproposta. Ouvimos dizer que o prefeito quer dar 5% de aumento, mas isto a categoria não aceita”, salientou Josildo Oliveira, vice-presidente do sindicato.
De acordo com ele, a categoria tenta acordo desde março, com o Sinetram, prevendo o vencimento da data-base em 1º de maio. “O reajuste é um direito do trabalhador e queremos garantir este direito. Já era para estar tudo acordado para que eu possa lançar assembleia e ver se a categoria aceita”, afirmou.
Para pressionar os empresários, a categoria definirá em reunião hoje, se realiza ou não, uma greve com catraca livre na próxima semana. “Os ônibus vão rodar 100% com catraca livre, espero que o prefeito nos ajude a soltar os ônibus e a justiça não puna o trabalhador. Desde o dia da última greve, o Sinetram não nos chamou para conversar, prova que o empresário não tem um pingo de vontade de resolver o problema”, defendeu.
Reuniões
Por meio da assessoria, o Sinetram informou que de acordo com a assessoria jurídica, as negociações estão em curso e o órgão continua trabalhando para resolver a Convenção Coletiva 2014/2015 dos trabalhadores até o dia da data-base, 1º de maio, mas tudo dentro da realidade. As reuniões com os sindicalistas e o prefeito serão mantidas para se chegar a um acordo.