Notícia - MG: Sindicato de funcionários da Copanor pede ajuda a governador

Há 21 dias em greve, servidores da Copanor, subsidiária da Copasa, decidiram apelar nessa segunda ao governador Alberto Pinto Coelho para que ele convença a direção da empresa a acatar suas reivindicações. A categoria quer um piso salarial de R$ 1.100, ganho real de 10%, vale-refeição no valor de R$ 400, auxílio-creche no modelo do da Copasa, além de revisão do Plano de Cargos e Salários e do plano de saúde.

A Copanor atende 202 municípios do Baixo, do Médio e do Alto Jequitinhonha, do Vale do Mucuri e do Norte de Minas, em condições extremamente precárias, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Minas Gerais (Sindágua).

Segundo o presidente da entidade, José Geraldo Nascimento, os servidores da estatal mantêm escala mínima de trabalho para garantir o abastecimento. “Calculamos que cerca de 320 trabalhadores aderiram à greve; foi algo em torno de 70% do efetivo que cruzou os braços”, disse.

Segundo ele, além dos trabalhadores, toda a população servida pela Copanor está sendo prejudicada pela prestação de serviços sem critérios técnicos e pessoal qualificado. “Pleiteamos, desde novembro, direitos básicos, como correção dos vencimentos, cesta básica compatível, que de fato possa contribuir para a alimentação das famílias dos trabalhadores”, disse, apontando como grande disparate o tratamento que a Copasa dispensa a servidores de outras localidades e a realidade dos funcionários da Copanor.

“O menor salário da Copasa é de R$ 1.100, e somente o vale-refeição é de quase R$ 1.000; enquanto isso, a maioria dos trabalhadores da Copanor, algo em torno de 90%, recebe bem abaixo do piso proposto”, afirma o sindicalista.

Por meio de nota, a assessoria da Copasa informou que pretende reajustar os salários dos servidores da Copanor pela inflação – oferta rejeitada pelo Sindágua –, além de manter os valores do vale-alimentação e do vale-transporte já oferecidos aos empregados.

Betim


Paralisação.  Depois de os servidores da educação anunciarem greve por tempo indeterminado, trabalhadores da saúde de Betim decidiram também cruzar os braços. Eles fizeram nessa segunda paralisação de 24 horas em protesto contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela prefeitura, deixando centenas de pacientes sem atendimento. “O governo propôs 7%, sendo 3% em abril e 4% em outubro, mas a categoria não aceita, pois, nos últimos anos, os reajustes não representaram ganho real”, disse a diretora do Sind-Saúde, Beatriz Diniz. Segundo ela, a proposta de aumentar o valor do cartão Cesta Servidor para R$ 20 (10%) também foi rejeitada.

Resposta. A prefeitura informou que todas as unidades de saúde funcionaram nessa segunda, sendo que algumas adotaram escala mínima. Segundo a administração, uma nova reunião com os sindicatos está agenda para o próximo dia 23.


Fonte:  Jáder Rezende/O Tempo - 15/04/2014


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