Notícia - Correios de Rio Branco sofre com atraso nas entregas de encomendas e correspondências

O bloqueio da BR-364 dificultou não somente o transporte de carretas com produtos alimentícios, mas também as entregas de encomendas e correspondências simples do Correios no Estado do Acre. O sindicato dos Correios, em Rio Branco, informou que após a enchente histórica do Rio Madeira (RO), o setor ainda sofre com atrasos expressivos em função da interdição da estrada por quase dois meses, deixando a população local à espera de suas encomendas, faturas e correspondências por um longo período. 


Trabalhando com aproximadamente 100 funcionários, o secretário de finanças do Correios, Cleiton Ferreira, explica que a principal dificuldade é em realizar o transporte das encomendas, de Rondônia até o Acre.  “Estamos com uma dificuldade muito grande com as entregas das correspondências simples que chegam ao Estado. A logística de hoje aplica uma rota demorada. Antes, as encomendas chegavam em Porto Velho e vinham para o Acre via terrestre. Porém, com a cheia do Rio Madeira, fizemos um contrato com uma aeronave de pequeno porte para fazer essa condução”. 


Por ser pequena, a aeronave não suporta o volume de carga diária de encomendas, então, o jeito é preencher o espaço  do avião com todas as consignações possíveis e completar o voo com algumas  correspondências. Portanto, a maior adversidade é conseguir fazer com que estas cartas e encomendações cheguem até o Acre. “Ainda temos muitas encomendas em atraso e provavelmente essa situação pode perdurar, já que a estrada da BR-364 ainda não está em total condição de trafegabilidade”, diz Cleiton.


O carteiro Lauro Passos conta que como ele trabalha mais na rua, recebe diretamente as reclamações dos clientes. “As pessoas reclamam mais pelas encomendas e das faturas que não chegam às casas. Devido ao bloqueio da BR, as entregas, muitas vezes, chegam com data de entrega vencida”. Segundo ele, o trabalho depois da cheira do Rio Madeira dobrou, pelo acúmulo de encomendas. “Como as entregas chegam acumuladas, temos que nos desdobrar para entregar as encomendas e correspondências. Quando há atrasos na chegada dessas entregas, ocorre  um acúmulo muito grande”, relata. 


De acordo com o sindicato, deve demorar um pouco mais para normalizar a situação do Correios, em relação ao transporte de carga. O secretário de finanças afirma que diariamente o sindicato recebe inúmeras ligações de clientes reclamando pela demora no ato de entrega. “Recebemos muitas reclamações de pessoas que alegam atraso em suas encomendas, mas aqui estamos todos numa situação de mãos atadas, só à espera da resolução do problema que tem caráter natural”. 


A falta de mão-de-obra e de endereçamento das casas, sem a atualização do CEP, também dificulta e atrasa ainda mais as entregas. O sindicato aproveita para pedir mais entendimento e compreensão da população, já que segundo Cleiton, assim como o Estado tem feito toda a logística para amenizar os impactos do fechamento da BR-364, o Correios também tem realizado ações para minimizar a problemática. “Estamos trabalhando aos finais de semana, fazendo mutirões, tudo para tentar diminuir ao máximo esses atrasos e retornar a oferecer um bom serviço aos acreanos”.


Fonte:  O Rio Branco - 15/04/2014


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