Notícia - Presidente do Sindicato Rural de Corumbá promove reunião sobre carne orgânica sustentável

O presidente do Sindicato Rural de Corumbá  Luciano Aguilar Rodrigues Leite trouxe na noite desta segunda-feira (07)  o Sr. Reginaldo Morikawa Diretor Execuivo da Korin e o Sr. Leonardo de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica) para realizar uma palestra sobre o lançamento da Carne Sustentável do Pantanal.  

A conversa entre a ABPO e a Korin começou em 2011, quando a empresa visitou Campo Grande - MS e apresentou sua filosofia de produção à associação. Leonardo disse que houve bastante sinergia, pois também é orientado para a produção sustentável e culturas orgânicas. A partir daí, a Korin visitou as fazendas associadas no Pantanal assim como a ABPO foi até o centro de produção orgânica da Korin em Ipeúna-SP. "E foi criado o sonho de criarmos algo juntos", disse Leonardo.

Para ele era uma boa oportunidade, pois a associação sempre busca criar e oferecer ao mercado um novo produto, e a Korin possui pontos de venda em todo o país, potencializando o projeto.  Para Morikawa, como a ABPO já é fornecedora da carne orgânica, a experiência e o processo produtivo poderiam ser adaptados e aproveitados conforme as diretrizes da Korin, com posicionamento de produtos saudáveis e orgânicos desde 1995.

A Korin comercializa mais de 60 variedades de frutas, verduras e legumes, além de café, mel e frango orgânicos. Abate atualmente quatro milhões de frangos/ano e possui 40 mil galinhas poedeiras para produção e venda de ovos livres de antibióticos. Diante da demanda por este nicho de mercado, a Carne Sustentável do Pantanal será seu primeiro produto de carne bovina.

A parceria envolveu a formulação de um protocolo para o processo produtivo e industrial, garantindo  a segurança alimentar e a padronização do produto final. O apelo da marca será de uma carne bovina com uso mínimo de produtos químicos, com maciez, sabor, e preservação do Pantanal. Leonardo citou alguns exemplos de aplicação do protocolo, como a ausência de ureia no sistema produtivo, uso de qualquer vermífugo sistêmico limitado para somente uma vez na vida do animal, e até os 12 meses. A rastreabilidade também faz parte do processo produtivo, com todos os passos documentados visando garantir a originação geográfica.

Produzida com responsabilidade social e total respeito ao bem estar dos animais e ao meio ambiente, a carne orgânica chega ao consumidor sem qualquer resíduo de substâncias químicas. Todo o processo de produção - a criação dos animais, processamento dos produtos, até a chegada nas gôndolas do supermercado - é rastreado e auditado, garantindo confiabilidade e transparência para os consumidores.

A carne orgânica é considerada um produto novo para um novo mercado, caracterizado pelo alto nível de exigência do consumidor quanto à qualidade. O desenvolvimento da carne orgânica e o mercado a ser explorado tendem a estar vinculados aos processos e garantias de qualidade para a segurança do consumidor. O consumidor de carne cada vez mais procura a segurança biológica do produto, o sabor específico e a maciez. O sabor específico é garantido pelo uso das pastagens nativas do Pantanal e pela seleção genética dos animais.

A pecuária orgânica tem um modelo de controle de qualidade já estabelecido e controlado por instituições certificadoras do processo e dos produtos orgânicos. O desenvolvimento das redes de carne bovina orgânica apresenta características de inovação tecnológica com tendência de construir um padrão que atenda à demanda de consumo com base na qualidade e segurança do alimento.


Fonte:  Luiz Fernando Licetti/Correio Corumbá - 09/04/2014


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