A greve dos agentes penitenciários chegou ao fim nesta quinta-feira (27) no Vale do Paraíba depois que sindicato e estado chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial e o plano de carreira. A paralisação durou 16 dias - teve início no dia 12 de março -, e afetou presídios de quatro cidades da região, como Taubaté, Tremembé, São José dos Campos e Potim.
O coordenador do sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sifusfesp), Estevam Santos Silva, afirmou que categoria realizou uma assembleia na quarta-feira (26) para decidir se encerravam ou não a greve após a proposta de conciliação do procurador do Ministério Público do Trabalho.
“Das 20 assembleias realizadas, 11 votaram pelo fim da paralisação. Apesar da votação apertada, as assembleias vencidas optaram por acompanhar a decisão da maioria”, explicou. Ainda segundo Silva, o aumento salarial está abaixo do reivindicado. "Ficou entre 7,7% e 11,9%, a depender do cargo, mas já é um avanço", disse.
Além do aumento, o cordenador disse que com a proposta do governo, os agentes vão demorar menos para atingir o topo do plano de carreira e o número de promoções permitidas por ano também vai aumentar, de 20% para 50% dos servidores. Será elaborado também um plano de metas para bonificação dos agentes.
Com a decisão, voltam a ser realizados, a partir de quinta-feira (27), os atendimentos que estão paralisados, como recebimento de presos de cadeias e plantões policiais. Também não aconteciam visitas e atendimentos a advogados, assistentes sociais, oficiais de Justiça e psicólogos, além dos serviços de lazer e entrega de correspondências.
Entenda a greve
Os agentes penitenciários dos Centros de Detenção Provisória (CDP) e penitenciárias de quatro cidades do Vale do Paraíba entraram em greve no dia 12 de março, em São José dos Campos, Taubaté, Tremembé e Potim.
A categoria pedia reajuste salarial de 20,64%, redução das classes (de 8 para 6), aposentadoria especial com 25 anos de carreira, entre outras reivindicações. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), dos 30 mil agentes do Estado de São Paulo, 16 mil aderiram ao movimento nesta terça-feira.