Professores e profissionais administrativos das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) Professor Adolpho Arruda Mello e Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo, ambas em Presidente Prudente, realizam nesta quarta uma reunião para discutir o fim da greve, iniciada em 17 de fevereiro.

A postura desses trabalhadores contraria a orientação do Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), responsáveis pela greve das Etecs e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) no estado.

A entidade decidiu continuar a greve até a aprovação da proposta de um novo plano de carreira  na Assembleia Legislativa de São Paulo, já em tramitação.

O encontro deve reunir hoje 100 professores e funcionários das duas Etecs. Na avaliação dos profissionais de Piracicaba, o envio do projeto de lei à Assembleia representa um avanço na discussão sobre a carreira, muito embora nem todas tenham sido contempladas pelo governador, Geraldo Alckmin.

“As propostas apresentadas representam um avanço. Não tivemos todos os nosso pedidos atendidos, porém, acreditamos que agora será mais fácil buscar melhorias”, disse o professor Thadeu Henrique Spósito, em entrevista ao site de notícias G1.

Um dos pedidos que não foram aceitos, ao menos por ora, é o aumento do tempo da licença-maternidade para a categoria. Professores defendem um período de seis meses, ao passo que o governo oferece apenas quatro meses de afastamento. Outra reivindicação da categoria prevista no projeto é o  aumento do custo da hora/aula – o valor ainda será debatido.

A única má notícia para o governo é que os professores pedem pressa na aprovação do projeto. Segundo os professores de Piracicaba, o prazo final será o dia 4 de abril. Do contrário, eles ameaçam retomar a paralisação.

Contramão - A possível discussão pelo fim da greve em Piracicaba vai na contramão da orientação do Sinteps, entidade responsável pela organização do ato. O sindicato até já programou os atos dos próximos dias.

Nesta quinta acontece uma reunião para analisar a proposta. Na sexta-feira, haverá um ato na Etec Lauro Gomes, em São Bernardo, no ABC. No dia 11, haverá manifestação  na Assembleia.