Notícia - Greve vitoriosa dos trabalhadores da Papaiz

É preciso parabenizar os trabalhadores da Papaiz, que fizeram uma greve vitoriosa. Foram 17 dias de braços cruzados que provam a unidade dos funcionários, que não tiveram medo de enfrentar a arrogância e a prepotência da direção da empresa e do sindicato patronal, que tentaram de todas as formas intimidar e ameaçar o movimento.


Os trabalhadores estavam certos: identificaram o problema. Na verdade, se trata de uma questão política do sindicato patronal, que não aceita a implementação da cesta básica na categoria, uma mentalidade atrasada do empresariado.


A greve chegou ao fim nesta quinta-feira (19), por decisão da Justiça. Na audiência, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou o retorno ao trabalho. Não era isso o que os trabalhadores esperavam. Afinal de contas, eles sabem que a negociação é um instrumento democrático que deve ser preservado para levar ao entendimento e alcançar o interesse de ambas as partes.


Mesmo com o entrave judicial, o Sindicato buscou garantir conquistas importantes, como aumento real de salários, fora da data base, assegurando os seguintes reajustes: cerca de 7% para Operador 1 (R$ 660 para R$ 706), 6,5% para Operador 2 (R$ 760 para R$ 806) e 4,5% para os salários acima do segundo piso da fábrica até R$ 2 mil. Além disso, foi garantido o adiantamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 650, valor mais de 20% maior do que o pago no ano passado.


Para o Sindicato, a luta pela cesta básica continua, dentro do processo permanente de mobilização na fábrica. “Importante ressaltar que a questão da cesta básica, na verdade, é uma luta pela valorização dos salários. Pois, se os salários fossem justos na Papaiz, não haveria nem necessidade de cesta básica”, diz Silvio Pinheiro, presidente do Sindicato.


Para o presidente da Federação dos Metalúrgicos da Bahia, Antônio Viana Balbino, também é importante lembrar que a greve serviu para mostrar a força do trabalhador. “O movimento foi uma prova de unidade e determinação. Foi até as últimas consequências no sentido de buscar avanços. Por isso, parabéns aos trabalhadores que permaneceram na greve o tempo todo”, diz.


A luta intensa dos funcionários da Papaiz, junto com o Sindicato, tem gerado melhorias importantes no chão de fábrica. Nos últimos anos, foram conquistados a implementação da PLR, do plano de saúde, auxílio-creche, além da instalação de uma comissão de saúde.


O movimento grevista na Papaiz, apoiado pelo Sindicato, terá reflexo na campanha salarial da categoria deste ano. É o começo de um processo que tem tudo para, mais uma vez, impulsionar os metalúrgicos ao caminho da vitória. A luta continua.


Fonte:  Ascom da FETIM - 24/05/2011


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