O auxílio emergencial que tem ajudado milhões de brasileiros a enfrentar a pandemia do novo coronavírus está chegando ao fim e isso acarretará em milhões de brasileiros indo para na extrema pobreza.
O estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) que foi feito pelo especialista social Vinícius Botelho.
Pelo estudo até 3,4 milhões de brasileiros de brasileiros a mais que podem entrar na estatística da extrema pobreza, que sobrevivem com menos de US$ 1,90, por dia (cerca de R$ 10), linha de corte definida pelo Banco Mundial.
Já é estimado em 17,3 milhões de pessoas na extrema pobreza, número que o de 2019, segundo os conceitos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Se nada for feito, a política social vai continuar com a mesma potência que em 2019, mas em uma realidade completamente diferente”, diz Botelho, ex-secretário dos ministérios da Cidadania e do Desenvolvimento Social. “Durante a pandemia, as pessoas perderam a renda do trabalho. Com o auxílio, essa queda foi compensada, mas, como não há alternativa para 2021, podemos cair em uma situação pior do que antes. É como se o Brasil tivesse feito um voo de galinha na redução da pobreza.”
Pesquisa do Datafolha de dezembro mostrou que 36% das pessoas que recebem o auxílio só tem essa renda.
Centrais Sindicais
O movimento sindical brasileiro está desde o ano passado alertando para a continuidade do pagamento do auxílio emergencial e assim, permitir que muitos brasileiros tenham o que comer.
No início do ano, as centrais soltaram as diretrizes de luta para este ano tendo como eixos principais a continuidade do auxílio emergencial, vacinação para todos, geração de empregos e o fortalecimento da organização sindical e da negociação coletiva.
O presidente da CTB, Adilson Araújo falou sobre a importância de o movimento sindical estar presente para lutar em prol dos brasileiros e contra o atual governo que não faz nada pelo povo.
“Está cada vez mais presente que não teremos soluções imediatas para o grave problema se não formos capazes de fazer um grande levante para disputar a narrativa do governo terraplanista que se contrapõe a ciência e a tudo o que vem sendo realizado”.