Notícia - Renda dos mais pobres segue em queda e ricos já ganham mais que antes da crise

Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), publicado pelo jornal El Pais nesta segunda-feira (17), a recessão que o Brasil atravessou, entre 2015 e 2016, afetou ricos e pobres, na época. No entanto, hoje, a situação mudou: os brasileiros mais endinheirados já viraram a página, enquanto os trabalhadores pobres ainda enfrentam dificuldades.

Para se ter uma ideia da proporção disso, o estudo revela que depois da tempestade, os 10% mais ricos já acumulam um aumento de 3,3% de renda do trabalho, ou seja, além de superar as perdas, conquistaram uma renda maior do que antes da recessão. Enquanto isso, os trabalhadores mais pobres amargam uma queda de mais de 20% da renda acumulada. Se somarmos os últimos sete anos, a renda da parcela mais rica da população aumentou 8,5% e a dos mais pobres caiu 14%.

Desigualdade aumentou
Em linhas gerais, o estudo revela que a retomada da atividade brasileira é bastante desigual de acordo com a faixa de renda. As oscilações na relação entre a renda média do trabalho dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres mostram que, desde 2015, essa desigualdade vem crescendo e atingiu, em março, o maior patamar desde 2012, quando começou a ser feita uma série histórica sobre o tema.

Segundo os pesquisadores ouvidos pelo jornal, a conclusão é óbvia: os mais pobres sentem muito mais o impacto da crise pela vulnerabilidade social e pela dinâmica do mercado de trabalho.

Além disso, a política econômica, até agora, praticamente não gera empregos e só favorece os trabalhadores de renda mais alta.

“São sempre os trabalhadores mais pobres que levam a pior quando surge uma crise econômica. Por isso, a luta precisa ser árdua para revertermos esse quadro”, disse o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.


Fonte:  sindicato dos metalúrgicos - 19/06/2019


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