Notícia - Centrais preparam os próximos passos contra a Reforma da Previdência

Após a grande mobilização no último 14 de junho em todo o Brasil e que mobilizou milhares de trabalhadores por todo o país com o objetivo de mostrar a insatisfação com a Reforma da Previdência apresentada pelo governo, as centrais sindicais se reuniram para fazer um balanço da greve geral.

Os dirigentes das centrais se reuniram ontem (17) na sede do Dieese em São Paulo, nesta reunião eles consideraram a greve histórica e vitoriosa. Ocorreram mobilizações em todos os estados brasileiros.

Um dia antes da greve geral (13), o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) e relator da Reforma da Previdência (PEC 6/19) apresentou mudanças no texto, como a retirada do sistema de capitalização que era bem criticado. Os dirigentes sindicais ainda mantêm o tom crítico a Reforma da Previdência.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio concorda que houve mudanças importantes no texto do já mencionada capitalização e também de parte da desconstitucionalização da previdência. “Mas na essência as regras paramétricas foram mantidas. E são perversas para os trabalhadores”, acrescentou Clemente. O Diesse apresentará uma nota técnica hoje sobre as mudanças apresentadas. Hoje se inicia a discussão na Câmara dos Deputados.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que mesmo com alterações insuficientes incluídas no relatório, as mudanças “foram frutos das mobilizações dos trabalhadores”.

O próximo passo é cobrar os deputados e senadores neste momento de discussão do projeto no Congresso Nacional, é o que defende o presidente da UGT, Ricardo Patah.

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT disse: “A greve mostrou que a classe trabalhadora pode derrotar essa proposta”.

Confira a nota divulgada pelas centrais sindicais:

As Centrais Sindicais, reunidas nesta segunda-feira, 17/06, avaliaram como muito positiva a greve nacional realizada em 14 de junho, que promoveu paralisações em centenas de cidades e em milhares de locais de trabalho, além de atos e passeatas contra o fim da aposentadoria, os cortes na educação e por mais empregos. O sucesso da mobilização é resultado da unidade de ação do movimento sindical, construída ao longo do tempo e renovada nas deliberações das assembleias em locais de trabalho, em plenárias por categoria e intercategorias; e da articulação com os movimentos sociais, populares, estudantil e religiosos.

 Essa greve, que atingiu 45 milhões de trabalhadores em todo o país, é um movimento que terá continuidade, com a ampliação da unidade de mobilização.

Nosso próximo passo será, em breve, entregar aos presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a proposta de reforma da Previdência do governo, com centenas de milhares de assinaturas coletadas em todo o país.

Nossa prioridade será a definição e construção, em reunião marcada para 24 de junho, das ações para ampliar a mobilização e a pressão contra a retirada dos direitos da Previdência e da Seguridade Social.

Agradecemos o compromisso de dirigentes, ativistas e militantes, o envolvimento dos movimentos sociais e a cobertura de toda a mídia. De outro lado, repudiamos as iniciativas de práticas antissindicais que visaram criminalizar a força e a luta dos trabalhadores.

Na unidade, construímos nossa capacidade de luta, que será contínua durante toda a tramitação da PEC no Congresso Nacional.


Fonte:  Redação Mundo Sindical com informação das Centrais Sindicais - 18/06/2019


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