No ato na Praça da Sé, em São Paulo, na manhã de ontem, convocado pelas centrais sindicais, os trabalhadores de diversas categorias aprovaram a luta contra a reforma apresentada pelo governo.
“Não existe reforma, o que Bolsonaro apresentou é o fim da Previdência, fim da Seguridade Social no País”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, que também manifestou solidariedade aos companheiros na Ford e disse considerar absurda a decisão da montadora.
Segundo Vagner, com um Brasil sem emprego, com o mercado de trabalho desorganizado e com o aumento da informalidade, será impossível os trabalhadores conseguirem renda para fazer uma poupança, como prevê a proposta de capitalização da Previdência.
“Além de o trabalhador não conseguir se aposentar, essa reforma praticamente acaba com todos os benefícios assegurados pela Previdência. Se o trabalhador ficar doente, não conseguirá mais se afastar pelo INSS, é isso o que representa essa proposta", denunciou.
Mobilização
Durante a assembleia foi tirado um calendário de lutas que prevê, além de atos públicos, mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do País, para dialogar com a população.
“Na convocação de grandes atos unitários, destacamos o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e o 1º de Maio, Dia do Trabalhador”, diz trecho do documento aprovado pelos trabalhadores na Assembleia.
Além disso, foi deliberada “a realização de um dia nacional de lutas e mobilizações em defesa da Previdência Social Pública e contra o fim da aposentadoria, em data a ser estabelecida pelas centrais sindicais, como parte da Jornada Nacional de Lutas em defesa da Seguridade e a Previdência Social”.
Na terça-feira, 25, as centrais sindicais se reúnem para definir os próximos passos. “Faremos o que for preciso para barrar a reforma, mas precisamos construir isso coletivamente. Participe, crie comitê de resistência no seu bairro, nas escolas, associações, onde for preciso. Procure o sindicato e vamos construir a luta", chamou Vagner Freitas.