Com robôs nas fábricas, na indústria automotiva, e nos setores de mineração e energia, a tecnologia está transformando os locais de trabalho. Isso significa que o futuro do emprego será diferente, mas o que significa essas mudanças para os sindicatos?
A quarta revolução industrial o Indústria 4.0 está sendo introduzindo com rápida automatização causada por sensores inteligentes, a aprendizagem de máquina, o gerenciamento de dados e a inteligência artificial. Inicialmente restrito a alguns como o automotivo, aeroespacial, o transporte marítimo, a engenharia mecânica e industrial, os robôs estarão em todos os setores incluindo têxteis e vestuário.
Afiliados da IndustriALL de 12 países da África Subsaariana, com o apoio da Friedrich Ebert Stifung, se reuniram em Windhoek (Namibia), nos dias 18 e 19 de outubro para discutir como os sindicatos podem criar estratégias para participar da Indústria 4.0, incluindo a possibilidade de estabelecer uma rede de pesquisa. Além disso, a reunião concordou que os sindicatos devem ser proativos na formulação de políticas públicas de industrialização sustentável, considerando as dimensões econômicas, ambientais e sociais.
Em uma região com elevado desemprego, especialmente entre os jovens, os participantes na reunião concordaram que os sindicatos têm que seguir lutando para a criação do emprego, segurança ocupacional, a formação contínua dos trabalhadores para conseguir novas qualificações, salários dignos e melhores condições de trabalho, inclusiva para as mulheres.
Na reunião se destacou a importância das situações locais e globais, particularmente em relação com o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Social das Nações Unidas para por fim a pobreza, criar trabalho decente empregos verdes. Para proteger os direitos trabalhos assinalou a importância da solidariedade internacional.
Durante a reunião foi discutida a necessidade de planos de transição justa para proteger os direitos e o bem-estar dos trabalhadores, porque a Indústria 4.0 está vinculada com a mudança climática. Estes planos devem incluir programas de ajuste trabalhista, proteção social e políticas indústrias sustentáveis para a segurança do emprego. Por outra parte, se declarou que o avanço tecnológico, que é desigual no continente, é dificultado pelos altos custos dos dados, pela conectividade limitada à internet e pelo alto preço da eletricidade.
Segundo Jens Dyring, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Iniciativa sobre o futuro do trabalho reconhece que o mundo do trabalho está mudando e que os sindicatos devem estar dispostos enfrentar essa mudança.
Porém, apesar dos temores de perdas de emprego, há benefícios para a saúde e seguridade dos trabalhadores quando os robôs assumem um trabalho exaustivo e os trabalhadores ganham mais com empregos qualificados.
Brian Kohler, diretor de saúde, segurança e sustentabilidade na IndustriALL, disse:
“Quando a tecnologia teve melhor desempenho e aboliu a monotonia, os trabalhadores podem se beneficiar. Os sindicatos devem lutar por uma transição justa, porque é uma ponte para o novo mundo do trabalho sustentável. A construção desta ponte significa que os trabalhadores têm um papel a desempenhar para tornar as políticas industriais sustentáveis.”