Notícia - FEM-CUT inicia debate com Sindicel e defende cláusulas atacadas pelo G3

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, realizou ontem a segunda rodada de nego­ciação com o Grupo 3 e a primeira discussão com o Sindicel, após saída do G8.

Pela manhã, na sede da Federação, em São Bernardo, o debate com os representan­tes do G3 tratou das cláusulas pré-existentes.

Para o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, o esforço da bancada de trabalhadores é grande para construir uma nova Conven­ção Coletiva de Trabalho.

“O momento é delicado, mas ainda assim devemos debater incansavelmente até chegar a um entendimento. Já são três anos sem Convenção Coletiva”, afirmou.

“Fizemos acordos com to­dos os outros grupos patronais, menos com o G3. O problema não é na bancada dos trabalha­dores”, prosseguiu.

O dirigente explicou que as cláusulas pré-existentes são humanitárias, que não têm impacto econômico. Entre as reivindicações estão alterações na cláusula do auxílio funerário para agilizar o pagamento às fa­mílias em um momento muito delicado, que é a perda de um ente, e garantias às mulheres que sofrerem aborto ou estive­rem em situação de violência.

Também foi pedida a inserção de cláusulas que orientam a contratação do trabalhador com deficiência por meio da Associação Brasileira de Em­prego Apoiado, a ABEA.

A secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea Sousa, a Nega, explicou que a bancada patronal, assim como nos de­mais grupos, quer a retirada de cláusulas que afetam os trabalhadores.

“Tivemos discussões sobre a cláusula do trabalhador aciden­tado ou portador de deficiência profissional, que está sendo atacada pelos patrões”, contou.

“Também reivindicamos a cláusula da amamentação, com 15 dias úteis após a licença maternidade e eles pediram a exclusão”, disse. “Estamos em um momento de resistência e isso está bem claro na mesa de negociação. A luta é pela Convenção Coletiva e iremos teimar até conseguir”, comple­tou a dirigente.

SINDICEL

Na parte da tarde, na Fiesp, em São Paulo, foi realizada a primeira rodada de nego­ciação com o Sindicel, das indústrias de condutores elé­tricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos.

A FEM-CUT propôs um pla­no de trabalho e o sindicato patronal também entregou uma pauta que deverá ser de­batida ao longo da Campanha Salarial. A cláusula do traba­lhador acidentado também foi atacada pelo Sindicel.

Andrea rebateu as críticas sobre o tamanho da Con­venção Coletiva de Trabalho, com 88 cláusulas atualmente. “Existem cláusulas que obri­gam o empregador a dispo­nibilizar água potável para os companheiros que estão no chão de fábrica. Se o patrão garantisse o mínimo, com certeza a Convenção seria mais enxuta”, denunciou.

Hoje está marcada rodada de negociação da FEM-CUT com o grupo patronal da Fundição.

A Campanha Salarial 2017 tem como tema “Resistência, Unidade e Luta”. A data-base é 1º de setembro e estão em Campanha 198 mil trabalha­dores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.

UNIDADE NA LUTA

Amanhã os metalúrgicos do Brasil se reúnem nova­mente para definir os enca­minhamentos de luta contra a retirada de direitos.

No dia 4, o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, participou de reu­nião com representantes de sindicatos, federações e con­federações do setor da CUT, Força Sindical, Intersindical, CTB e CSP-Conlutas.

Foi aprovado o apoio às cam­panhas salariais no segundo semestre e a unidade para organizar ações conjuntas contra os efeitos nefastos da reforma Trabalhista e para lutar contra a aprovação da reforma da Previdência. Entre as ações está a realização de um Dia Nacional de Luta, em setembro.

 


Fonte:  Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - 10/08/2017


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