Notícia - Centrais cobram diálogo e governo cria GT para debater Previdência

As quatro Centrais Sindicais que estiveram ontem (16) com o presidente interino, Michel Temer (PMDB), saíram do encontro com o compromisso de que eventuais mudanças na Previdência serão precedidas de diálogo com os representantes dos trabalhadores.

As declarações do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), na semana passada, sobre uma reforma da Previdência com a elevação da idade mínima para a aposentadoria, geraram reações entre sindicalistas. Segundo os participantes, essa questão não foi tratada na reunião.

Estiveram no encontro o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva; o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah; o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos; e o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antonio Neto. Além de Meirelles, participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

O presidente da UGT, Ricardo Patah, disse à Agência Sindical que Temer decidiu pela criação de um Grupo de Trabalho (GT), sob coordenação da Casa Civil, a fim de debater a reforma. O dirigente informou que o GT já terá sua primeira reunião nesta quarta (18), com presença também dos ministros da Fazenda e Trabalho e Previdência Social.

“Temer reiterou que não pretende ser candidato à reeleição e deseja deixar um legado ao País. Ele também disse que não é sua intenção sair com a pecha de ter retirado direitos dos trabalhadores”, contou Patah. Segundo o sindicalista, a direção da UGT se reúne nesta terça (17), a fim de definir as propostas que a Central vai colocar em debate no grupo de trabalho.

O presidente da CSB, Antonio Neto, considera que foi uma reunião boa, “que sinalizou disposição de diálogo por parte do governo”. “Os ministros fizeram exposições rápidas, indicando a intenção de encontrar uma solução duradoura para o financiamento da previdência pública no País”, informou à Agência.

Segundo o dirigente, o GT deve apresentar em 30 ou 40 dias um diagnóstico mais qualificado sobre o que precisa ser feito para assegurar equilíbrio ao sistema de Previdência Social.

Antes da reunião, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) já tinham anunciado que não participariam da reunião. As duas consideram Temer presidente sem legitimidade para o cargo.


Fonte:  Agência Sindical - 17/05/2016


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