O Sindicato dos Servidores Municipais de Divinópolis (Sintram) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal do Município de Divinópolis (Sintemmd) recusaram nesta quarta-feira (13) a proposta de aumento de 3% do salário dos servidores, feita pelo prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) na terça-feira (12). As entidades criticam o fato de o governo negar a recomposição salarial com base na inflação de 2015, de 11,27%. A Prefeitura não comenta a decisão.
Em ofício enviado ao prefeito, lideranças dos sindicatos afirmam que nada justifica o governo atribuir o não reajuste a 11,27% com base na crise causada pela diminuição da arrecadação e dos repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). No dia 5 de abril, Vladimir Azevedo classificou a greve como algo "fora da realidade".
"Como é de conhecimento do Poder Executivo, ainda que o Município atinja os 95% do limite prudencial da folha de pagamento (95% dos 54%), a Lei de Responsabilidade Fiscal executa as vedações à revisão anual, sendo este um direito do servidor", pontuaram os sindicatos.
Os servidores também não concordaram com a proposta da Prefeitura de aumentar o vale-alimentação em 71,43% e que sejam pagos, por dia, R$ 10 a partir de abril deste ano e R$ 12 a partir de setembro.
Os sindicatos afirmam também que a paralisação é legítima e decidida com base na lei 7.783/89, que garante o direito do exercício da greve. A greve dos servidores continua e ainda não tem previsão de término.