Notícia - PLR de metalúrgicos injeta R$ 499 milhões

A soma do pagamento das PLRs (Participações nos Lucros e Resultados) de 2015 dos trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que abrange São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, injetou neste ano R$ 499,28 milhões na economia da região, o equivalente à média de R$ 5.540 para cada um dos cerca de 90 mil empregados nas companhias do setor nessas cidades. O valor é 19% maior do que o registrado em 2014, ou quase R$ 80 milhões mais do que no ano passado.

Esse montante é pago pelas 121 fábricas dessa base, entre elas, cinco montadoras, em que o valor é bem maior – um exemplo é a Ford, que fechou acordo neste ano para pagar até R$ 16 mil de participação. Somando o 13º salário da categoria nesses municípios (R$ 461,2 milhões), os empregados desse segmento nesses municípios terão recebido R$ 960,48 milhões até o fim do ano.

O presidente do sindicato, Rafael Marques, destaca que as PLRs foram instrumento importante para manter a renda dos trabalhadores da categoria, como parte da negociação da campanha salarial deste ano. O objetivo era compensar a elevação de custos das empresas com o reajuste. Boa parte do segmento na região fechou acordo salarial para pagar a reposição da inflação ou então para recompor as perdas salariais por meio do aumento dos abonos, em meio ao cenário de forte crise no segmento. “Na PLR, conseguimos aumento real (acima da inflação, para compensar o que não foi incrementado aos salários)”, diz.

CARTA - Marques deve participar, no dia 15, à tarde, de reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília. O encontro, de representantes sindicais e empresariais com o governo, será para a entrega da carta “Compromisso pelo Desenvolvimento”. Realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com o apoio de diversas entidades patronais e de trabalhadores, o documento traça sete propostas para a retomada da atividade econômica.

Entre os temas abordados no texto, estão o de recuperar os investimentos público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la; criar condições para o aumento da produção da indústria de transformação; destravar o setor de construção, utilizando instrumentos institucionais para penalizar os responsáveis (em escândalos de corrupção) e a segurança jurídica das empresas; e retomar e ampliar aportes no setor de energia, em especial, petróleo, gás e fontes alternativas renováveis. Apesar do cenário econômico, Marques avalia que ainda é possível melhorar o ambiente econômico para que o País volte a crescer em 2016.  


Fonte:  Leone Farias/Diário do Grande ABC - 14/12/2015


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