Notícia - Sindicato entrega carta aberta aos metalúrgicos da CSN

A exemplo do que vem fazendo durante toda a semana, ontem, representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense passaram a manhã na entrada da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no bairro Nossa Senhora das Graças, entregando uma carta aberta aos metalúrgicos. No documento, que está sendo distribuído também para a população em geral, o presidente do sindicato, Silvio Campos, informa sobre o estado de greve e uma possível paralisação das atividades dos trabalhadores na empresa.

Silvio Campos informa ainda que a pauta de reivindicações foi entregue à empresa em março, objetivando iniciar com antecedência as negociações para a data-base de 1º de maio, mas que até a presente data a empresa não havia oferecido nenhuma proposta que atendesse aos funcionários. E que as negociações com a CSN decidiu levar o impasse para uma “Mesa Redonda”, com representantes da CSN, na Gerência de Relações Trabalhistas, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), de Volta Redonda, mas sem data marcada.

O presidente do sindicato declarou que está evitando a greve, mas não admite aumento zero. Na semana passada, os metalúrgicos sinalizaram com apoio à greve. Mais de 71% dos trabalhadores optaram pela proposta sugerida pelo sindicato. Na ocasião, participaram da votação 4.269 funcionários da CSN. É importante lembrar que, no ano passado o Acordo Coletivo ocorreu também na DRT.

Na carta aberta, consta ainda que na última reunião entre empresa e sindicato aconteceu no último dia 28, depois que a entidade sindical, além de propor greve aos trabalhadores em assembleia buscou apoio político no Governo do Estado. Se sentindo pressionada, a CSN decidiu chamar o sindicato para uma mesa de negociação, mas nenhuma proposta apresentou. Voltou a alegar a crise econômica e se disse preocupada em manter os empregos.  Na nota o sindicato ressaltou ainda que, desde então, “lá se vão mais de quatro meses de inflação galopante, sem que os trabalhadores da CSN vislumbrem qualquer percentual de aumento para minimizar a perda salarial, seja ela pela inflação dos 12 meses anteriores à data-base, seja pela corrosão salarial dos últimos quatro meses”.

O sindicato classifica ainda a postura da empresa, de sequer apresentar uma proposta, foram três reuniões de julho a agosto, de “profundo desrespeito com aqueles que geram e vêm gerando ao longo dos anos, a riqueza da empresa”. A direção do Sindicato informa também na carta que, vem procurando diversos setores da sociedade, de forma a encontrar “uma saída justa” para os trabalhadores e suas famílias.


Fonte:  A Voz da Cidade - 04/09/2015


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