Notícia - Metalúrgicos travam luta por reajuste de 13,5%

Operários do setor metalúrgico travaram nesta quinta nova batalha em favor de condições melhores de trabalho, entre elas um reajuste salarial de 13,5%, principal exigência da categoria em Minas. Na tentativa de negociar com as indústrias, forças sindicais do Estado organizaram nesta quinta um ato público na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para a entrega oficial da pauta de reivindicações à diretoria da entidade.

Com data-base em 1º de outubro, a campanha salarial unificada prevê a reposição da inflação e aumento real de salários de 4%, abono de um salário nominal e reajuste do piso (salário de ingresso). “O reajuste salarial acima da inflação, além de fortalecer a renda e valorizar o trabalhador, é um dos principais caminhos para aquecer a economia e levar o Brasil à retomada do crescimento”, defendeu o presidente da do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, João Alves de Almeida.

Os trabalhadores também pleiteiam a redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários, garantia de emprego, além de dezenas de outras cláusulas. Para o presidente da Federação dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), José Wagner Morais de Oliveira, as demissões na indústria em julho podem ter superado o mês anterior, o que agravaria a crise no setor. “O estudo que nós temos é ainda de junho, mas parece que no mês de julho já tivemos o dobro do saldo negativo em relação a demissões. Esse período tem sido o mais difícil, o mais pesado para a categoria”, acredita o sindicalista. Só na Mannesman, os sindicalistas contabilizaram 500 demissões este mês, segundo Oliveira, que destacou ainda os cortes no setor de auto-peças.

A pauta contendo as reivindicações foi entregue nas mãos do presidente da Comissão de Negociação da Fiemg, Osmani Teixeira, para ser analisado. Ainda sem data agendada, os representantes das indústrias prometeram estudar os pontos e apresentar uma contraproposta nos próximos meses.


Fonte:  Angélica Diniz/O Tempo - 31/07/2015


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