Pelo menos 60 dos 200 servidores municipais de Santa Lúcia (SP) estão em greve desde segunda-feira (25) por melhores condições de trabalho, abertura de concurso público para a contratação de mais funcionários e aumento salarial.

Segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores fizeram uma passeata na manhã desta terça-feira (26). Entretanto, Prefeitura informou que apenas 10% dos funcionários estão em greve, ao contrário dos 30% informados pelo sindicato. Além disso, a administração alega que os serviços essenciais estão mantidos e que as aulas serão repostas para alunos que foram dispensados.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e região (Sismar), que representa a categoria, a paralisação atinge os setores de saúde, educação e almoxarifado. O setor de saúde está operando com 30% do efetivo e os atendimentos de urgência estão sendo realizados normalmente.

“Temos uma unidade escolar parada, uma outra está metade parada. O pessoal está sendo substituído por frente de trabalho”, informou Marcos Roberto de Carvalho Zambone, vice-presidente do Sismar.

De acordo com a vice-prefeita do município, Cássia Regina Furgieri Domingos Boschi (PMDB), a Prefeitura entende o pedido dos servidores, mas não é possível pagar mais do que o valor oferecido.

"A Prefeitura tem a folha de pagamentos comprometendo seu orçamento em 58%, e com esse aumento vai passar de 60%. Quando o orçamento com a folha atinge esse valor, além de ferir as leis de gestão do município, começa a haver carência nos insumos", comentou.

Proposta

A Prefeitura de Santa Lúcia se reuniu com o Sismar no dia 11 de maio para informar que o município enfrenta dificuldades financeiras e que não iria repassar o aumento salarial aos servidores. Dias depois, a Prefeitura apresentou uma proposta de reajuste salarial de 6,4%, divididos entre os meses de junho, agosto e outubro. Contudo, a oferta não foi aceita pelos servidores, que pedem um aumento de 8,17%.

Uma audiência entre sindicato e Prefeitura está marcada para a tarde de quinta-feira (28) no MInistério Público do Trabalho.