Notícia - Educadores da rede pública estadual retomam a greve no Paraná

Igualmente aos seus colegas de São Paulo, os educadores estaduais do Paraná retornaram à greve. No dia 9 de março os professores voltaram ao trabalho, depois de 29 dias parados. Mas como nada se resolveu, neste sábado (25), retomaram a paralisação em assembleia na cidade de Londrina contra a alteração na Paraná Previdência e lançaram a Campanha Salarial de 2015. “A CTB-PR apoia e participa do movimento dos educadores paranaenses devido à intransigência do governador tucano Beto Richa, que insiste em aprovar mudanças na Previdência dos servidores do estado. Com o claro objetivo de aplacar a falência a que levou o estado”, diz José Agnaldo, presidente da CTB-PR. “Tanto no Paraná quanto em São Paulo, os governos do PSDB abandonam a educação pública e tentam jogar nas costas dos trabalhadores os custos de suas más administrações”, afirma.

Também é igual a falta de diálogo com os servidores. Por isso, milhares de professores se reuniram nesta segunda-feira (27) em frente à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) para pressionar os deputados estaduais na votação sobre a constitucionalidade do projeto de lei apresentado pelo Executivo estadual para alterar a maneira como são feitos os pagamentos dos aposentados e pensionistas. Muitos estudantes participaram dos protestos em apoio às reivindicações dos educadores.

Os deputados da situação tentaram impedir o acesso da APP-Sindicato ao plenário da Alep. Na manhã desta terça-feira (28), a direção estadual da APP-Sindicato foi notificada sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça do Paraná que garante aos trabalhadores da educação o direito ao acesso no plenário durante o processo de votação do Projeto de Lei da Paraná Previdência.

“A CTB-PR buscando fortalecer a unidade das forças que atuam na App-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná e o apoio da população à sua justa luta, tanto das universidades paradas como dos educadores da rede estadual. O pior de tudo é que o governador do PSDB usa da força para impor seu projeto, sem um mínimo de bom senso democrático”, acentua Zenir Teixeira, secretário-geral da CTB-PR. A central “repudia a truculência e a intransigência do governador tucano, e está na luta para impedir a aprovação deste projeto, que mais uma vez, penaliza os servidores públicos do Paraná. Entendemos que os trabalhadores não podem arcar com o custo da incompetência administrativa que levou à inadimplência o nosso estado”, complementa Agnaldo.

Se o PL for considerado constitucional, a votação pelo plenário da Alep deve ocorrer na quarta-feira (29). O governo quer que os aposentados e pensionistas com 73 anos ou mais passem a ser pagos com recursos do fundo mantido em conjunto por servidores e pelo estado, liberando assim recursos de um fundo bancado apenas pelo governo, o que resultaria em uma economia mensal superior a R$ 120 mil.

A oposição acusa o governo tucano de orquestrar uma manobra financeira para liberar recursos para quitar dívidas ao custo de sobrecarregar o fundo mantido com as contribuições dos servidores. No fim do ano passado, depois de reeleger-se em primeiro turno com mais de 55% dos votos, Richa revelou que o estado estava à beira do colapso financeiro, em contrariedade ao que afirmara ao longo de toda a campanha.


Fonte:  Portal CTB com informações da CTB-PR e App-Sindicato - 28/04/2015


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