Notícia - São Carlos: Trabalhadores da Tecumseh encerram greve e conquistam reajuste de 8,35%

Após seis dias em greve, os cerca de 3,1 mil trabalhadores da Tecumseh do Brasil retornaram às atividades em São Carlos (SP) depois de uma assembleia realizada no fim da tarde de segunda-feira (6) no Sindicato dos Metalúrgicos. Os funcionários negociaram com a empresa um reajuste salarial de 8,35%, além do aumento no ticket alimentação no mesmo percentual. Eles também chegaram a um acordo sobre os dias parados, que em parte não serão descontados.

O vice-presidente do Sindicato, Vanderlei Strano, destacou a importância da luta que garantiu o aumento real. Segundo ele, a assembleia foi histórica, pois representou o nível de organização que foi construída pelos trabalhadores com o sindicato. Ele também  parabenizou os mais de 2 mil metalúrgicos que compareceram .

Para o presidente do sindicato, Erick Silva, a greve na Tecumseh criou as condições necessárias para fechar o restante dos acordos na base. “Temos 60% com a campanha salarial fechada na categoria metalúrgica de São Carlos, agora vamos partir para as demais empresas”, explicou.

Caso

A greve foi iniciada na terça-feira (30) por cerca de 2,3 mil funcionários da unidade II. Depois, outros 700 trabalhadores da unidade I também aderiram. A fábrica de compressores ofereceu reajuste de 5% para um acordo de dois anos.

Na quarta-feira (1º), cerca de 500 trabalhadores fizeram uma manifestação em frente à fábrica. No início do mês, o sindicato patronal ofereceu 6,35% de reajuste salarial, índice que cobria a reposição da inflação do período da data-base da categoria metalúrgica, 1º de setembro.

Como a proposta não apresentava aumento real, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP) entregou o comunicado de greve ao sindicato patronal no dia 11 de setembro. Na sequência, uma nova assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde foi encaminhado um novo aviso de greve para a empresa no dia 22.

Demissões

Em fevereiro, a metalúrgica anunciou a demissão de 96 funcionários. A empresa alegou que os cortes ocorreram por causa da crise no mercado nacional. O Sindicato da categoria considerou as demissões ilegais.

A Tecumseh informou que as demissões foram inevitáveis e negou qualquer ilegalidade no processo. A empresa também informou que foram priorizados os funcionários que já desejavam sair da empresa.

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região decidiu que a unidade deve indenizar os 96 funcionários demitidos no início de fevereiro


Fonte:  G1 - 08/10/2014


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