Notícia - Trabalhadores em greve fecham farmácias em Santos e São Vicente

Mais de 40% dos trabalhadores em farmácias e distribuidoras de medicamentos da Baixada Santista cruzaram os braços nesta terça (21/8), depois de uma manifestação pacífica ocorrida a partir das 10h na Praça Mauá, em Santos, para forçar os patrões a retomarem as negociações salariais com a categoria, suspensas por intransigência do Sincofarma e do Sincamesp, que representam as empresas no comércio varejista e atacadista de medicamentos.

A greve foi decidida em assembleia da categoria no último dia 16/8.
Com carro de som, bandeiras, faixas, muita disposição e gritando palavras de ordem como “greve”, “comerciários na luta, na rua, mostrando a que veio” e “fecha, fecha”, mais de 400 manifestantes saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade e logo duas farmácias de redes baixaram as portas, “lacradas” com vários adesivos “greve”: Drogasil, na Praça Mauá, e Drogaria São Paulo, na avenida João Pessoa.

Conciliação

Segundo o presidente do Sinprafarma da Baixada, Jaime Porto, a paralisação de mais de 40% dos 5 mil práticos de farmácia representados pelo Sindicato já começaram a surtir efeito. Nesta quarta (22/8), às 15h, foi marcada audiência de conciliação entre o Sinprafarma e os sindicatos patronais no TRT na Capital paulista. “Estamos totalmente mobilizados para forçar os patrões a voltarem à mesa de negociações e empenhados em buscar salários dignos aos trabalhadores”, Porto.

São Vicente

Depois de Santos, os práticos de farmácia repetiram a manifestação nas ruas centrais de São Vicente e, até as 12h30, fecharam três farmácias de rede: Drogasil, Drogaria São Paulo e Droga Raia, todas na rua Frei Gaspar.

Reivindicações

Na Campanha Trabalho, Conquista e Dignidade, os práticos de farmácia reivindicam, além da reposição da inflação, aumento real de salários, horas extras 100% aos domingos e feriados, PLR, 40 horas, condições dignas de trabalho, vale-refeição para toda categoria, cesta básica, fim do desvio e acúmulo de função, e avanços nas cláusulas sociais.

Liderado por Porto e pelo presidente Luiz Carlos Motta, da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo, o movimento teve o apoio de Sindicatos Filiados à Fecomerciários, além da Força Sindical, da Nova Central e de sindicatos de outras categorias, como saúde, químicos, construção civil e de aposentados de Santos.

Para Motta, os comerciários, categoria que mais cresce no País, “também cresce de modo organizado quando ganha as ruas para reivindicar seus direitos, como se vê nesta manifestação”. Durante o ato, Motta deu entrevistas para vários veículos de imprensa para falar sobre as reivindicações, entre eles a “TV Tribuna”, Band e o jornal “A Tribuna”.


Fonte:  Força Sindical - 21/08/2012


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