Notícia - Termina a greve contra o assédio moral na Martifer

Após cinco dias de produção completamente paralisada, os trabalhadores na Martifer aprovaram na manhã dessa segunda-feira, dia 20, o encerramento da greve deflagrada na última quarta-feira. Todos os itens da pauta - práticas de assédio moral, excesso de acidentes e de jornada - foram atendidos pela direção da Martifer.


Até a manhã sexta-feira, a negociação estava travada na questão do assédio moral, sendo que a empresa não estava disposta a solucionar o problema de forma imediata.


Como a greve continuou, a empresa teve de apresentar nova proposta ao Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, e nessa segunda, mudanças na gerência de produção já foram realizadas.


A negociação dos dias parados também avançou. Das 42 horas de trabalho paradas na greve, metade será paga pela empresa e o restante será compensado de forma escalonada pelos trabalhadores.


O presidente do sindicato, Renato Marcondes, o “Mamão”, parabenizou os trabalhadores pela união no movimento. “O assédio moral é um problema grave. Dependendo da intensidade, chega a transtornar a vida pessoal do trabalhador. A categoria se uniu contra a tirania dessa gerência e conquistou o que parecia impossível. Parabéns a todos”, ressaltou Mamão.
Sobre o excesso de jornada, a empresa já colocou um comunicado em cada área proibindo os coordenadores de extrapolarem o limite de duas horas-extras por dia. Com relação aos acidentes, será realizado um trabalho intensivo pela equipe de segurança da empresa em conjunto com a Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), o sindicato e também o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).


A Martifer emprega 300 trabalhadores na construção de estruturas metálicas, sendo que 120 deles ficam em Pinda e os demais nas obras de instalação das estruturas.
 
Primeira greve. O presidente também agradeceu a todos os dirigentes sindicais que participaram do movimento, que mesmo no final de semana ficaram de plantão na portaria da fábrica para manter a greve. “Essa foi a primeira greve dessa nova diretoria e foi muito positiva. Assim como os diretores mais antigos, os novos também mostraram disposição para defender os trabalhadores”, concluiu.


Fonte:  Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba - 21/08/2012


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