Divulgada em fevereiro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontou que a juventude é um dos grupos que mais sofre com o desemprego que se arrasta no país. Dos mais de 12 milhões de desempregados, os jovens entre 18 e 24 anos representam 26,5%. Mulheres e os de baixa escolaridade são os outros dois grupos mais atingidos.
Não bastasse essa situação, Michel Temer (MDB) e seus aliados aprovaram uma nova lei trabalhista com pontos que estimulam o acesso dos jovens a empregos precarizados, como em empresas de serviços terceirizados – que costumam pagar menos e possuem alta rotatividade, ou por meio de contrato intermitente, modelo que não garante salário fixo ao fim do mês.
Diante desse cenário e da necessidade de resistência frente às novas ameaças do governo golpista e à democracia, a juventude da CUT-SP esteve reunida no último sábado (24) em São Bernardo do Campo.
Na Jornada da Democracia - Juventude, que ocorreu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os participantes também discutiram comunicação e fizeram oficinas de bateria e personalização de camisetas, além de assistirem à peça teatral “O Capital”, seguida de roda de conversa.
Secretária de Juventude da CUT-SP, a petroleira Cibele Vieira lembra que o Brasil vivia uma grande transformação nos últimos anos, o que não ocorre mais. “A nossa geração conquistou muita coisa, que permitiu condições de acesso ao estudo e melhores oportunidades de primeiro emprego em relação à geração anterior. E muitos não sabem que foi fruto dos governos Lula. Mas com o golpe, tudo está em risco, pois estão desmontando todos os legados conquistados nas áreas de educação, saúde, mundo do trabalho, entre outros”.
Segundo Cibele, os jovens reafirmaram o compromisso de defesa do ex-presidente Lula, condenado, em janeiro, sem provas. “Condenamos a perseguição pela qual ele está passando, feita pelo judiciário, mídia comercial e outros setores da direita brasileira.”
Filme
No encontro, os participantes falaram sobre o longa-metragem “O povo pode”, que mostra a caravana de Lula pelo Brasil, contando as transformações sociais que ocorrem no Brasil a partir de seu mandato, iniciado em 2003. O documentário é uma parceria que envolve a TVT, o Diário do Centro do Mundo (DCM), o Instituto Alvorada Brasil e o Canal i Produções e busca financiamento via crowndfunding, em que as pessoas podem colaborar clicando aqui.
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