Os dirigentes de 14 sindicatos que compõem a FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) retomaram as negociações de Campanha Salarial com a bancada patronal do Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) na tarde de ontem. Já com o Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees), a rodada foi na sexta-feira, dia 11.
O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, contou que as bancadas patronais sugeriram possibilidades de aplicação do reajuste sem a estabilidade no emprego.
“O G3 afirmou que não tem condições de tratar de estabilidade e a aplicação do reajuste seria a partir de 2021. Já o G2 insinuou não dar a estabilidade, com aplicação do reajuste em duas vezes, uma parte neste ano e a outra, em 2021”, disse.
“A Federação busca a estabilidade para os trabalhadores poderem atravessar a pandemia com tranquilidade. Defendemos que o reajuste tem que ser imediato e retroativo a 1º de setembro, nossa data-base, ainda mais sem estabilidade”, reforçou.
A expectativa é que haja conversas com o G8.2, G8.3, Fundição e Estamparia ainda nesta semana. O G3 tem nova reunião agendada para a semana que vem.
O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, que acompanha as negociações, ressaltou que o momento exige unidade dos trabalhadores.
“Os trabalhadores precisam estar mobilizados e unidos para respaldar as negociações da Campanha Salarial. Os patrões estão dificultando as negociações com propostas que não atendem os anseios dos trabalhadores e, principalmente, não querem negociar estabilidade no emprego”, afirmou.
As discussões de renovação das cláusulas sociais na Convenção Coletiva de Trabalho estão avançadas com a maioria dos grupos patronais.
A adoção do protocolo de higiene e segurança contra a Covid-19 evoluiu em todas as bancadas patronais. A ideia é que as regras sejam um anexo à Convenção Coletiva para que todas as empresas da base cumpram as medidas.