Notícia - Frente à ameaça de greve, Prefeitura de São Paulo decide manter cobradores empregados

Chegou a um aparente acordo a longa batalha travada entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo e o prefeito da metrópole, João Doria. Nesta segunda-feira (22), depois de uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho, patrões e empregados finalmente decidiram manter a categoria dos cobradores de ônibus empregada.

Desde que Doria afirmou à imprensa que iria "acabar gradualmente" com a categoria de cobradores no município, os trabalhadores do transporte passaram a denominá-lo de "traidor". Os protestos crescentes culminariam em uma greve prevista para esta quarta-feira (24), concomitante ao #OcupaBrasília. Com a nova proposta, a paralisação foi adiada até que uma assembleia decida se aceita os novos termos.

"Estamos fazendo enfrentamento com o patronal do transporte que é ruim de conversa, ainda vive no século passado, com estratégia manjada de fazer corpo mole e empurrar com a barriga as negociações", escreveu a entidade em seu site oficial. "Quando a categoria colocou em execução o Plano de Lutas, os empresários de ônibus correram para pedir ajuda à Prefeitura que até, então, se mantinha de braços cruzados, sem querer se envolver. Chegamos no nosso limite".

Segundo o sindicato, a Prefeitura de São Paulo se comprometeu não só a manter os cobradores no sistema de transporte, como também aumentar a oferta anterior de correção salarial, de 3,26%, para 4%. Além do reajuste, foram garantidos aumento de 7,3% no ticket refeição e aumentos nos subsídios para seguro médico e odontológico.

Atualmente, a cidade de São Paulo emprega 19 mil cobradores, cujo salário médio não passa de R$ 1,5 mil.


Fonte:  Portal CTB - 23/05/2017


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