O ato de mobilização da Campanha Salarial 2025 reuniu 1,5 mil metalúrgicas e metalúrgicos na base da FEM-CUT/SP, na manhã desta terça-feira (15), no Distrito do Piracangaguá, em Taubaté.
Além dos trabalhadores metalúrgicos e dirigentes de sindicatos de outros ramos na base de Taubaté, a manifestação contou com a presença de representantes dos sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) e de entidades parceiras, como a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT) e da CUT-SP. Os metalúrgicos na base da Federação têm a data-base em 1º de setembro. A pauta de reivindicações, aprovada por toda categoria, já foi entregue para as bancadas patronais e as negociações já tiveram início.
Em seu discurso no ato, Loricardo de Oliveira, presidente da CNM/CUT, reforçou que o cenário é de crescimento de emprego e crescimento da indústria e discussões do fim da jornada 6x1. "Campanhas fechadas com aumento real.", acrescentou o dirigente.
A Campanha Salarial deste ano tem como slogan “Construindo o nosso futuro com melhores condições de trabalho e de vida” e os trabalhadores lutam pelos seguintes eixos principais: Valorização das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs); Reposição Integral da Inflação com Aumento Real; Redução da Jornada de Trabalho sem Redução dos Salários; Fim da Escala 6×1; Isenção do IR nos salários e nas PLRs/PPRs; Redução da Taxa de Juros e Combate a todo tipo de Assédio no Local de Trabalho.
“Temos que ser muito fiel ao slogan da nossa campanha, que é “Construindo o nosso futuro com melhores condições de trabalho e de vida” e isso significa que queremos conquistar aumento real, a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e a redução de jornada, para teremos mais tempo a família, mais qualidade de vida. Essa é a nossa grande luta nessa Campanha Salarial”, afirmou Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.
Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destacou a importância do calendário de procedimentos, que prevê concluir as negociações antes da data-base. “Temos trabalhado para concluir o processo de negociação antes da data-base para que, em 1º de setembro, a gente já consiga perceber o reajuste nos nossos salários, com aumento real e todos os direitos sociais garantidos. Isso é importante para nós, trabalhadores que levantamos todos os dias para vir para fábrica e fazer a nossa parte, vermos o resultado de, quando chegarmos em casa, podermos dar uma condição melhor para nossa família”.
Claudião Batista, dirigente administrativo da FEM-CUT/SP e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, falou que a unidade da categoria é fundamental para garantir conquistas.
“Temos que saber a força que temos e ter orgulho de sermos metalúrgicos. Os sindicatos e a Federação reafirmam o compromisso e a luta pela classe trabalhadora, que é a coisa mais importante que nós podemos ter. É importante que a gente saiba que, sozinho, ninguém vai a lugar nenhum porque ninguém consegue negociar com o presidente da fábrica e dizer que quer aumento. Por isso, esse ato é muito importante para a unidade e para a luta”.
A Campanha Salarial é conduzida pela FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos em São Paulo), entidade que, junto dos sindicatos filiados, representa cerca de 190 mil metalúrgicos e metalúrgicas.