A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), representada pelo presidente Antonio Neto, participou na última quinta-feira (26) da reunião tripartite convocada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para definir os encaminhamentos da Conferência Nacional do Trabalho. O encontro, realizado em Brasília, reuniu representantes do governo federal, centrais sindicais e confederações de empregadores.
Durante a reunião, foram estabelecidos o formato da Conferência, o cronograma das etapas regionais – previstas até outubro de 2025 – e a retomada do Grupo de Trabalho Organizador (GTO), responsável por coordenar as propostas para o mundo do trabalho.
O sociólogo e coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, Clemente Ganz Lúcio, destacou a necessidade de políticas públicas que respondam às transformações do mercado, como inovações tecnológicas e mudanças climáticas. Segundo ele, é urgente a formulação de propostas voltadas à qualificação profissional contínua, à intermediação de mão de obra, à proteção ao emprego e ao apoio ao trabalho autônomo.
“Esse conjunto deve ser guiado pelo fortalecimento do diálogo social, da negociação coletiva e de entidades representativas sólidas, pois isso também sustenta a democracia e o desenvolvimento do país”, afirmou.
Francisco Canindé Pegado (Coordenador da Bancada dos Trabalhadores no CNT) reforçou o apoio à Conferência e a importância do debate no âmbito do GTO. Já Clóvis Veloso de Queiróz Neto (CN Saúde) destacou a necessidade de temas bem definidos para o evento.
O ministro Luiz Marinho reafirmou a prioridade da Conferência e a expectativa de realizar as etapas regionais até outubro de 2025 e a nacional em março de 2026. “Queremos assegurar que esta conferência seja um marco no fortalecimento do diálogo social no país. É fundamental que trabalhadores, empregadores e governo caminhem juntos para construir políticas que promovam emprego digno, renda justa e adaptação às transformações do mundo do trabalho”, disse.
Além da CSB, participaram representantes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST, além de confederações patronais como CNI, CNC, CNA e CNT.