Desde o ano passado o tema do fim da escala 6x1 permeia o debate político e que no Dia do Trabalhador, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre aprofundar a discussão sobre a redução da jornada de trabalho.
Seguindo o discurso do Lula, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, falou nesta quarta-feira (7) que o Brasil está pronto para debater alteração na jornada de trabalho e defendeu a substituição do modelo atual de seis dias de trabalho por um descanso (6x1) para um esquema de cinco dias de trabalho e dois de folga (5x2).
“Acredito que é possível reduzir a jornada máxima. O 6x1 é cruel”, afirmou Luiz Marinho durante sua participação em sessão da Comissão de Trabalho na Câmara dos Deputados.
O modelo de 6x1 prejudica principalmente os trabalhadores do comércio e para o ministro é necessária uma mudança gradual para a escala 5x2.
“Transitar do 6x1 para o 5x2 seria um belo de um avanço, especialmente para o segmento dos trabalhadores do comércio, que reclamam muito disso”, disse Marinho.
O ministro do Trabalho defende que os ajustes devem ser feito por meio de convenções coletivas, pois alguns setores funcionam 24 horas por dia.
“Tem atividade econômica que tem a necessidade de trabalhar os 365 dias do ano, 24 horas por dia. Aqui entra o papel da negociação das convenções coletivas”, explicou Marinho.
Luiz Marinho acredita que a economia brasileira tem condições para avançar no debate sobre a jornada de 44 horas semanais.
Durante a sessão na Câmara dos Deputados, Marinho destacou que o presidente Lula já manifestou apoio à discussão sobre a redução da jornada de trabalho, reforçando o interesse do governo em aprofundar o debate.
Hoje no Congresso Nacional o tema da redução da jornada de trabalho tem vários textos, mas o mais proeminente é a Proposta de Emenda à Constituição apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).