1º de Maio de 1886. Essa data marcou mundialmente a história da resistência e da luta por melhores condições de trabalho. Celebrada como o Dia dos Trabalhadores, a data é um chamado para as manifestações por direitos e contra a exploração.
O 1º de Maio tem sua origem nas manifestações operárias que tomaram as ruas de Chicago (Estados Unidos), em 1886, quando milhares de trabalhadores aderiram a uma greve geral e exigiram a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. Na época, operários cumpriam jornadas de até 16 horas por dia.
Greve geral
A greve geral nos Estados Unidos iniciada em 1º de maio daquele ano culminou, dias depois, em violenta repressão policial contra os trabalhadores e execução de lideranças sindicais.
Sindicatos foram fechados e mais de 300 líderes grevistas foram presos e torturados; dirigentes sindicais foram condenados à forca.
O movimento tornou-se símbolo da luta por melhores condições de trabalho – uma batalha que ainda está longe de terminar.
A luta continua
Em pleno século 21, operários continuam enfrentando jornadas abusivas. De acordo com o IBGE, mais de 30% dos trabalhadores brasileiros ultrapassam a jornada de 44 horas semanais.
A história mostra que direitos nunca são concedidos; são conquistados.
“A luta que começou nas ruas de Chicago ainda não terminou, e as vozes que exigiam mais tempo de descanso e de lazer continuam ecoando no Brasil de hoje”, afirma o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho.
Principais centrais deseducam trabalhadores
Enquanto milhares de trabalhadores cumprem jornadas exaustivas e recebem salários insuficientes para sustentar suas famílias, as principais centrais sindicais do país preferem fazer do 1º de Maio um dia de festa, não de luta.
A Força Sindical e outras cinco centrais recorrerão, mais uma vez, a uma programação de shows musicais e sorteios de prêmios. Nada que se pareça com conscientização e organização da classe trabalhadora.
Ao tratar o 1º de Maio como um dia de festa, essas centrais fazem com que o trabalhador pense que tem muito a comemorar. Não é verdade.
Entra governo, sai governo e a classe trabalhadora continua sendo alvo de ataques. Foi assim com as reformas trabalhista e previdenciária, com a lei da terceirização e continua sendo com a escala 6x1.
Neste cenário de permanentes ataques aos direitos, as centrais sindicais deveriam cumprir seu papel de organizar os trabalhadores, como faz a CSP-Conlutas, que pauta sua atuação pela defesa das reivindicações da classe trabalhadora.
No ato de 1º de Maio deste ano, a CSP-Conlutas tem entre suas bandeiras o fim da escala de trabalho 6x1 e a revogação das reformas trabalhista e da Previdência.
“A classe trabalhadora foi jogada para escanteio por Lula e seus aliados. Já a CSP-Conlutas se mantém ao lado dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.