Mesmo com compromisso assumido pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, trabalhadores do comércio ficaram de fora do megaferiadão aprovado pelos vereadores, em segunda discussão, nesta quarta-feira (17), para os dias 18 e 19 de novembro, quando acontece o G20 - encontro das maiores economias do mundo. O Sindicato dos Comerciários do Rio está mobilizado para protestar pelos inúmeros prejuízos para a categoria por essa exclusão e vai analisar uma medida de inconstitucionalidade da lei aprovada.
"A votação foi péssima para os trabalhadores do comércio. A Câmara votou a emenda que segrega a cidade para apenas uma parte ter feriado, e a outra não. Isso é uma aberração, uma bizarrice. Infelizmente, o prefeito não cumpriu com a sua palavra. Não houve, por parte do líder do governo na Câmara, a orientação do voto favorável para alteração do projeto e inclusão dos comerciários e vamos cobrar o veto para que a lei possa, sim, ser alterada posteriormente. Vamos à luta pelos nossos", garantiu Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Ainda segundo Ayer, a lei aprovada é discriminatória. O Sindicato dos Comerciários do Rio vai avaliar com seu setor jurídico a possibilidade de entrar com uma ação de inconstitucionalidade, contestando a aprovação da lei.
Apoio rejeitado - O pleito teve apoio do vereador Edson Santos (PT), que propôs uma emenda ao projeto para incluir o direito ao feriado trabalhado para o comércio, que foi rejeitado. “Os vereadores atenderam os pedidos trazidos por dirigentes Firjan, mas não acolheram a emenda trazida pelos Comerciários para que se fizessem cumprir os diretos do trabalhador em dias de feriado. A Câmara se fez surda aos apelos dos trabalhadores”, disse o vereador.