Notícia - Educadoras e educadores aprovam agenda de paralisações e atividades

Educadoras e educadores, coordenados e organizados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, paralisaram as atividades e participaram, na tarde de quinta-feira, 11 de abril, no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG), de assembleia geral.

Na atividade, foram aprovados o calendário de lutas para os meses de abril e maio, com agenda de paralisações gerais e regionais, e ações em todo o Estado. Entre elas manifestação conjunta de servidoras e servidores e apoiadores da luta contra o governo de Romeu Zema (Novo) no dia 21, em Ouro Preto e paralisação geral de todas as categorias do funcionalismo público, no dia 8 de maio. Estas propostas foram apresentadas pela Frente Mineira de Defesa do Serviço Público, que une mais de 20 sindicatos e entidades dos setores público e privado.

Na assembleia, trabalhadoras e trabalhadores em educação, que reivindicam o cumprimento da Constituição com o pagamento do piso nacional salarial de R$ 4.580,57, entre outras pautas, contaram com o apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), de sindicatos que representam os setores público e privados e dos deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT) e Betão (PT). A próxima assembleia geral, com paralisação de educadoras e educadores, está programada para o dia 29 de maio.

“Definimos e aprovamos paralisações e atividades regionais, algo que nós nunca fizemos. Não que a gente goste de paralisar ou de vir a Belo Horizonte. Nós estamos paralisando porque as coisas estão graves. As pessoas estão doentes, o salário é miserável. E o governo do Estado finge que não é com ele. Impõe um processo de reposição que é duro para nossa categoria sem que ele tenha cumprido a sua parte”, disse Denise de Paula Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.

O Sindicato denuncia que, atualmente, a média salarial da categoria é de R$ 2.600 e reivindica, também, a convocação dos aprovados em concurso de 2017 e melhorias no atendimento para efetivos e contratados no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), e direitos iguais para efetivos e contratados. No último dia 3, a diretoria do Sind-UTE/MG se reuniu com representantes do governo. A secretária de Planejamento, Luiza Barreto, disse que o Executivo só pode conceder reajuste de até 3,62%. O que não foi aceito pela entidade, que pede 72% para que a remuneração chegue ao piso salarial profissional nacional.

O presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, enfatizou a importância da unidade construída pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público contra o projeto político de Romeu Zema. “É preciso destacar a importância desta unidade que está se construindo em Minas Gerais, e mantendo firme, tem mais de 20 sindicatos que representam servidoras e servidores públicos, das estatais, do setor privado e das federais na luta contra o governo de Romeu Zema (Novo). Isto é importantíssimo, inédito no Estado. Para nossa unidade pode vencer esta barreira que está sendo colocada em cima da gente. Porque nós entendemos que a partir do ano passado, quando impusemos a primeira derrota ao Zema, a partir do movimento sindical, foi com relação ao regime de recuperação fiscal (RRF).”

“A nossa unidade tem capacidade de avançar muito mais na luta contra este governo que, no nosso entendimento, é inimigo da classe trabalhadora. Zema está trabalhando para destruir o funcionalismo, para destruir o serviço público em Minas Gerais. Por isso a importância do Sind-UTE neste processo. Por isso a importância e trago uma saudação à Denise (Paula Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE), que conseguiu fazer, construir a nossa unidade. O que não é fácil. Unidade no discurso e na fala é muito fácil. Unidade na real mesmo na ação, na luta, é difícil demais. São categorias que têm o mesmo patrão, o Zema, mas que são diferentes no trabalho. Temos a polícia, o fisco, temos o Ipsemg. Temos companheiros do meio-ambiente, do saneamento, energia, saúde. Juntar tudo isto e construir uma unidade é uma tarefa difícil, mas nós estamos conseguindo. Uma salva de palmas para a nossa unidade. A Frente Mineira em Defesa do Serviço Público. Vamos apoiar o que vocês decidirem. E no dia 21 de abril, nós vamos nos encontrar em Ouro Preto, para fazer a disputa com o Zema, que no ano passado teve a desfaçatez de homenagear Moro e Temer. E este ano isso não vai acontecer”, afirmou o presidente da CUT/MG.

Sebastião da Silva Maria, secretário de Administração e Finanças da CUT/MG e diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários de BH e Região, ressaltou, ainda, que a luta de educadoras e educadores é de toda a classe trabalhadora.  “Nós estamos aqui como bancários e a maioria representando o setor privado, mas temos os bancos públicos federais, temos o Banco de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (BDMG), um banco público estadual. E nós entendemos que o serviço público é essencial para o país. Essencial para qualquer nação. Entendemos que a educação faz parte da luta da classe trabalhadora. Por isso que desde o princípio os bancários e as bancárias estão junto com educadoras e educadores, do pessoal da segurança. Dos servidores públicos estaduais em geral, porque ninguém merece e ninguém pode aceitar uma defasagem salarial de 72%. Isto é criminoso. Deixo um abraço de bancárias e bancários e a certeza que estaremos juntos com vocês até a vitória.”

Com informações da TV Assembleia

 


Fonte:  Texto e foto: Rogério Hilário / CUT-MG - 15/04/2024


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