Notícia - Quarta (3) tem ato contra PL da Uberização em São Paulo

São Paulo sediará o Ato contra o PL (Projeto de Lei) da Uberização, na quarta-feira (3), na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), a partir das 18h30.  Em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativo, como a Uber e a 99.

A CSP-Conlutas estará representada na atividade com a presença de Atnágoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da Central. Também tem presença confirmada Ricardo Antunes - Prof. Unicamp, Jorge Souto Maior - Prof. USP, Paulo Galo - Liderança de Entregadores, Marcello Pablito - Sec. de Negras e Negros do Sintusp, Giovanna Magalhães - GPTC-USP,
Iuri Tonelo - Prof. UFPE, Andrea Pires - Pão e Rosas, Rodrigo Carelli - Prof. UFRJ, Helena Pontes - GPTC-USP, Marília Rocha - Diretora do Sindicato dos Metroviários, além de outras participações online.

O evento é organizado pelo Manifesto contra a Terceirização e a Precarização do Trabalho, que reúne juízes, advogados, parlamentares, professores e representantes de diversas entidades do mundo sindical e do trabalho. 

O objetivo é discutir o PL 12/2024, apresentado pelo governo Lula, no último dia 4/3, para regulamentar a relação de trabalho através de plataformas e aplicativos para motoristas. 

O texto não reconhece o vínculo de emprego entre as trabalhadoras(es) e as empresas responsáveis pelos aplicativos e, desta forma, trata-se de mais um grave ataque às leis trabalhistas.

Quando apresentou a proposta, no início de março, o Planalto se vangloriou dizendo ser “um marco no mundo do trabalho”, no entanto, trabalhadores do setor e especialistas denunciam que o projeto atende aos interesses das empresas.

O PL legaliza a precarização das condições de trabalho que, juntamente com a terceirização, é responsável pelas piores tragédias no âmbito trabalhista, como o aumento de mortes, acidentes e doenças laborais, bem como a ocorrência do trabalho escravo.

Entenda

O projeto abrange apenas os motoristas de veículos de quatro rodas que trabalham para empresas como a Uber e 99. Os entregadores que trabalham com motos e bicicletas para plataformas de delivery, como IFood e Rappi, não chegaram a um acordo.

Além de denunciar a flexibilização completa das relações de trabalho, o projeto também é criticado por não atender reivindicações mínimas dos trabalhadores.

Seguindo a lógica do Trabalho Intermitente - uma das mudanças mais nefastas da reforma trabalhista-, o texto estabelece, por exemplo, que o pagamento é por hora trabalhada, não por quilômetro rodado e tempo de viagem, como era reivindicado.

Também fixa-se uma jornada de até 12 horas por plataforma, sem férias ou 13° salário.


Fonte:  CSP-Conlutas - 01/04/2024


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