Notícia - CNM/CUT e representantes da Frente Parlamentar do Naval visitam estaleiros em Manaus

Uma comitiva de integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval Brasileira esteve na última sexta-feira (22) em Manaus (AM), visitando os estaleiros Beconal e Juruá, conversando com os trabalhadores destes locais e vendo de perto a produção do segmento naval na capital amazonense.

A CNM/CUT esteve representada na visita, que também contou com membros da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF), Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas e CUT Amazonas, ambos representando os trabalhadores.

Manaus é mais uma das diversas cidades visitadas pelos integrantes da Frente Parlamentar na busca por conhecer a cadeia produtiva da indústria naval brasileira.

Para o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, a realidade da capital amazonense é diferente de outros estaleiros do país, pois a produção é focada no contexto local, marcado pela forte presença do transporte por meio dos rios. “São fabricações de barcaças e pequenas embarcações, e isso traz uma perspectiva de ter uma produção contínua por causa da presença dos rios, inclusive também com a produção de motores náuticos que são produzidos pela Yamaha para essa região”.

Loricardo acredita que essa visita abrirá a percepção dos membros da Frente Parlamentar para a necessidade de pensar na reativação da indústria naval nacional além da produção de embarcações para a Petrobras. “Nós precisamos olhar a produção naval para outros formatos, buscar não apenas investimento estatal, mas também observar a produção do setor privado. E isso inclui olhar o trabalho, a renda, a qualificação profissional dos trabalhadores”.

A vice-presidenta da CNM/CUT, Catia Maria Braga Cheve, que é metalúrgica em Manaus, avalia que a visita da Frente Parlamentar é uma oportunidade de trazer visibilidade ao segmento no norte do país, o que pode colaborar para geração de emprego e renda dos trabalhadores locais. “É importante focar na formação destes trabalhadores, pois é um trabalho muito pesado, onde eles estão em espaço de confinamento. Nós, como representantes dos trabalhadores, seja à nível nacional com a CNM/CUT, seja no estado com a CUT Amazonas, estaremos envolvidos no processo de retomada do setor naval, acompanhando e fiscalizando para a indústria voltar a crescer”.

Olhar especial para a região amazônica

Além dos parlamentares membros da Frente Parlamentar e de sindicalistas, entidades locais como a Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo do Amazonas (Setemp), Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também estiveram presentes na comitiva. Petrobras, Transpetro, e o Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (SINDNAVAL) representaram entidades patronais.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas e da CUT Amazonas, Valdemir Santana, avalia que a visita da Frente Parlamentar servirá para que o governo federal olhe com mais carinho para a região amazônica. “É de grande importância recebermos a Frente Parlamentar aqui no nosso estado, onde podemos apresentar a nossa realidade que já vem buscando vencer os desafios de deslocamento na região norte e entender melhor as demandas e particularidades do mercado local. Passamos muito tempo esquecidos e sem impulsionamento algum, e com a sensibilidade do governo Lula, o Brasil vai retomar o investimento na indústria naval”.

Já o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar, Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), afirmou que a realidade da construção naval no Amazonas é pujante e efetiva. “Tive a oportunidade de conhecer dois grandes estaleiros do estado,  estou muito feliz com o tamanho e dimensão desse país continental que é o esse estado. A realidade do setor naval no Amazonas tem grande força e é eficaz, que emprega milhares de trabalhadores. Portanto, é um novo momento, onde há uma definição de reconstrução da política naval brasileira e trabalhamos para tornar isso efetivo, gerando emprego e renda”.

 

 


Fonte:  Redação CNM/CUT com informações de Alinne Bindá e Joab Ribeiro (Assessoria em Manaus) - 28/03/2024


Comentários

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.