Trabalhadores e trabalhadores da Argentina preparam uma greve geral, com manifestação no Congresso Nacional do país, para o dia 24 de janeiro, em repúdio a uma série de medidas promovidas pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei.
A mobilização é convocada pela central sindical CGT, mas precisa ser preparada pela base das categorias para que de fato aconteça.
O decretaço anunciado pelo governo de Javier Milei logo que assumiu, se mostrou totalmente contrário às necessidades da classe trabalhadora e populares. As medidas anunciadas tornarão o trabalho ainda mais precário, haverá mais demissões, aumento da pobreza, da inflação, e a Argentina será mais dependente internacionalmente.
Os ataques ultraliberais de Milei
Os artigos relacionados às questões trabalhistas são um verdadeiro ataque. Substituem indenizações por valores inferiores e parcelados; eliminam horas extras, através da criação de um “banco de horas”, que reduz a jornada de trabalho quando há pouca produção, e a amplia tanto quanto o empregador necessita, quando há muita; estende o período de “experiência” para 8 meses, facilitando demissões. Os acordos coletivos vão expirar todos os anos, eliminando os benefícios alcançados através de lutas de décadas; haverá restrição do direito à greve e outras formas de luta, o que deixará a classe trabalhadora indefesa contra os ataques patronais.
Milei já anunciou a demissão em massa de funcionários do Estado e pretende continuar com ataques as categorias médica, de enfermagem, docentes e demais setores essenciais.
Além disso, as privatizações de empresas estatais como YPF, Companhias Aéreas, Ferrovias, Banco Nación e outras estão na mira do governo de ultradireita argentino.
A “liberdade” proclamada por Milei em sua campanha podem ser traduzidas nas leis e decretos anunciados que garantirão a total liberdade para as empresas privadas nacionais e transnacionais agirem como quiser no país em benefícios de seus lucros. E será em todos os setores: saúde, educação, serviços públicos, petróleo e combustível e outros segmentos.
Apoio à greve geral e à luta da classe trabalhadora e popular argentina
Os defesa dos salários, empregos e aposentadorias e impedir a aprovação das medidas ultraliberais que foram anunciadas. É urgente reivindicarem o aumento imediato dos salários, das aposentadorias e pelo menos o dobro do valor dos subsídios sociais.
A CGT, maior central sindical no país, aliada do governo anterior de Alberto Fernandéz, permitiu os abusos e retrocessos salariais e a chegada ao ápice de uma crise econômica que atingiu a 45% da população na faixa da pobreza.
Como não foi consultada pelo novo governo sobre as medidas e para fazer parte das negociações, a CGT convocou uma manifestação com greve a partir das 12h, para o dia 24 de janeiro, contra as medidas do governo.
Será preciso prepará-la nos locais de trabalho para garantir que saia e não seja cancelada pela CGT, que vem buscando negociação com o governo. Assim, como é necessário o envio do apoio das entidades internacionais da classe trabalhadora.
Neste sentido, a CSP-Conlutas manifesta oficialmente seu apoio à luta popular e dos trabalhadores argentinos.
A CSP-Conlutas manifesta seu apoio à luta da classe trabalhadora e à Greve Geral na Argentina.
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